Luis Melián (*)
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O processo de desnuclearizaço da Peninsula Coreana conclui em 2009 coberto pela esperança de uma retomada das conversas com esse fim e a divida se o dialogo entre a RPDC e Estados Unidos registrarnovas paginas.
Há alguns dias a Casa Branca concordou com um encontro direto com a República Democrática da Coreia (RPDC), missão cumprida pelo enviado especial Stephen Bosworth em Pyongyang durante três dias.
O resultado de suas entrevistas com o vice-chanceler Kang Sok-ju, entre outras partes, contribuiu verdadeiramente ao otimismo quanto ao reinicio de um processo que se espera também possa conduzir a menores tensões nos vínculos inter-coreanos.
Qualificadas de úteis, práticas e sinceras, as conversas abordaram também aspectos como a assinatura de um tratado de paz, a normalização das relações bilaterais e a cooperação econômica, incluída a energética.
De acordo com o acontecido, o balanço resumiu-se em declarações que reconheciam o avanço de uma série de entendimentos sobre a necessidade de reiniciar as conversas a seis partes e de implementar a Declaração Conjunta de 19 de setembro de 2005.
Esse documento estabelece compromissos para a RPDC relacionados com seu programa nuclear e de cooperação com Pyongyang para outras partes.
As conclusões do recente diálogo foram bem recebidas em muitas capitais, sobretudo em Beijing, Moscou, Tóquio e Seul, os outros integrantes do mencionado processo.
Sem dúvida, os assuntos analisados e os resultados, inclusive a disposição a sustentar novos encontros, contribuíram para a necessária solução de um diferendo que tem suas raízes na Guerra da Coreia (1950-53) e a prolongada presença dos Estados Unidos na parte sul da península.
Além de refletir os problemas acumulados na história das (não) relações entre Pyongyang e Washington pela negativa desse último a assinar um tratado de paz que substitua o armistício de 1953, pelo qual ambos se mantêm tecnicamente em estado de guerra, a missão de Bosworth ratificou a validade do princípio norte coreano quanto à necessidade de um diálogo direto com a outra parte.
Essa posição foi reiterada com mais insistência ao longo deste ano diante dos acontecimentos que levaram à RPDC a abandonar as conversas em abril passado e a reforçar seu aparato nuclear para a auto defesa diante das ameaças dos Estados Unidos, segundo explicou oportunamente.
Pyongyang retirou-se do citado processo depois de que a Casa Branca promoveu sanções no Conselho de Segurança das Nações Unidas ao questionar o lançamento de um satélite com fins pacíficos por outro país, fato apresentado por Washington e seus aliados como o teste de um míssil balístico.
A parte norte coreana considerou uma flagrante violação de sua soberania e um insulto à dignidade do povo o fato de que esse órgão da ONU analisasse esse passo de seu programa de desenvolvimento espacial com fins pacíficos apesar de que cumpriu os trâmites internacionais estabelecidos para isso.
Como reação lógica ao incremento da hostilidade, a RPDC reforçou seu dissuasivo, inclusive um teste nuclear em maio. Também reiniciou os trabalhos das instalações para o tratamento de barras usadas de combustível, das que processou oito mil até agosto.
Essa decisão fez parte das medidas tomadas para levar a planta nuclear de Nyongbyon a seu estado original, depois de ser inabilitada segundo o lembrado nas conversas a seis bandas, ao que se somou o uso em armas de plutônio extraído com igual fim.
Depois desta etapa de fortes tensões chegou o diálogo direto Washington-Pyongyang, confirmado pelo presidente Barack Obama durante sua visita a Coreia do Sul em novembro passado, sem que sua realização implique alguma mensagem para além da esperança que seus resultados infundem ao se reconhecer a vigência das causas originais do conflito bilateral.
Cabe recordar que qualquer avanço concreto nas relações entre Estados Unidos e a RPDC depende além da retomada também das conversas a quatro bandas- essas duas partes mais China e Coreia do Sul- a fim de conseguir um acordo de paz que substitua o armistício de 1953.
Muitos destes acontecimentos foram aproveitados por forças opostas a uma melhoria nas relações inter coreanas, que viveram um de seus momentos de maior tensão no passado 10 de novembro por causa de um incidente entre forças navais, qualificado pela parte norte de provocação.
Diante desse acontecimento, Pyongyang anunciou um reforço da defesa de sua linha de demarcação marítima militar e o esperado deterioramento dos vínculos fez-se evidente, incluída uma forte campanha contra o país, a qual, ainda que vigente, pareceu ceder um pouco depois do diálogo entre Estados Unidos e a RPDC.
No meio das tensões inter coreanas, alentadora resultou a retomada em setembro dos encontros entre famílias separadas pela guerra e a normalização das atividades no parque industrial conjunto de Kaesong, em território setentrional.
Os momentos de distensão incluíram a presença em Seul de uma delegação oficial de parte-a norte nos funerais do ex presidente sulcoreano Kim Dae-jung, reconhecido como promotor de melhores relações bilaterais.
Mas todo o sucedido em 2009 já faz parte da história que servirá de base ao futuro. Enquanto este chega, reina a esperança infundida pelo diálogo direto e seus pronunciamentos favoráveis a uma retomada das conversas a seis bandas. O demais está por ver.
(*) O autor é correspondente da Prensa Latina na China.
rr/lam/bj
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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