segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Campanha eleitoral e caso terrorismo em semana boliviana

Por Mario Hubert Garrido

La Paz, 14 nov (Prensa Latina) A marcha da campanha eleitoral frente às eleições gerais do próximo dia 6 de dezembro e a apresentação de um relatório sobre terrorismo marcaram a semana noticiosa que conclui hoje na Bolívia.

O presidente Evo Morales destacou em seus constantes encontros com setores sociais que os eixos de seu programa de governo, em caso de ser reeleito, serão a consciência social e a vontade política para impulsionar programas em benefício de toda a população.

A julgamento do dignatário essa é a única via para sair adiante, que parte da recuperação dos recursos naturais.

A respeito do processo de mudança que impulsiona o Executivo desde janeiro de 2006, afirmou que as pesquisas outorgam uma maior intenção de voto a favor dessas transformações.

Os atos proselitistas do governamental Movimento ao Socialismo (MAS) viram-se esfriar na cidade oriental de Santa Cruz, quando na última quinta-feira grupos violentos de universitários atacaram com pedras uma concentração na central vizinha a Germán Bush.

Para a candidata a senadora na futura Assembleia Legislativa Plurinacional, Gabriela Montaño, essas são expressões de intolerância da oposição e acusou o partido Plano Progresso para Bolívia do ex-governador cochabambino Manfred Reyes, de incitar os distúrbios.

Por outra parte, nesta semana a comissão de deputados, investigadora da célula terrorista neutralizada em abril último em Santa Cruz, apresentou um relatório no qual se acusa o governador Rubén Costa e o ex-presidente do comitê cívico Branko Marinkovic, como membros do grupo que financiava os extremistas.

Segundo o parlamentar César Navarro, do governamental Movimento ao Socialismo (MAS), estas autoridades integravam o chamado grupo A Torre, que organizou e financiou os mercenários, liderados pelo boliviano-croata Eduardo Rosza Flores, abatido em uma operação policial.

Na semana, com a chegada a Sucre do fogo dos Jogos Esportivos Bolivarianos incentivaram-se os preparativos para a cerimônia inaugural da XVI edição dessa competição neste sábado.

As delegações de atletas da Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela, Peru e Panamá afirmaram estar prontas para medir forças até o próximo dia 26 de novembro nas cidades de Sucre e nas subsedes de Tarija Cochabamba e Santa Cruz.

Também, a Bolívia viu-se açoitada nesta semana pelos embates da mudança climática, sobretudo pela seca em zonas do altiplano.

Nesse sentido, o governo enviou as primeiras 10 cisternas de água potável e 100 toneladas de alimentos a regiões do Chaco, prejudicadas pela carência de água.

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) mostrou um plano de ajuda humanitária para mais de seis mil famílias bolivianas afetadas pela falta de água, associada ao fenômeno climático El Niño.

Enquanto o Executivo declarou que o abastecimento interno de energia elétrica está assegurado na Bolívia apesar da seca que afeta ao menos quatro regiões do país.

Atualmente, 48 municípios nos departamentos de La Paz, Tarija (sul), Santa Cruz (este) e Chuquisaca (sudeste) sofrem pela seca, por isso o governo ativou o Centro Operativo de Emergências (COE) para atender os danos causados por este evento.

Durante a semana que conclui, a Bolívia foi palco também da marcha da missão solidária Moto Méndez, um estudo científico a pessoas com vários tipos de deficiência, com a participação de médicos da Bolívia, Cuba e Venezuela.

A investigação começou pelas localidades de Plano Três Mil (Santa Cruz) e Orinoca (Oruro), e a cidade do Alto, mas a partir de janeiro de 2010 se estenderá a todo o país.

ocs/ga/es

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