domingo, 10 de janeiro de 2010

Analistas prevêem desaparecimento de direita radical boliviana

La Paz, 10 jan (Prensa Latina) Muitos líderes da direita radical boliviana serão sepultados definitivamente nas eleições municipais e departamentais do próximo 4 de abril, consideraram em separado analistas e políticos.



Em declarações publicadas hoje pelo jornal Cambio, o analista Marcelo Varnoux estima que há um movimento de saída de lideranças tradicionais em Santa Cruz, feudo opositor, o qual dará lugar a novos dirigentes através do governante Movimento Ao Socialismo (MAS) e de outras organizações políticas.



Varnoux animou-se a identificar cabeças que desaparecerão de leste a oeste bolivianos.

"No oriente, eu diria que desaparecerão do palco político os que têm tido que ver com os comitês cívicos mais duros. Enquanto no ocidente, com a última eleição nacional ficou claro que não há campo para novos grupos alternativos por um bom tempo, salvo o proposto pelo MAS", disse.



Por sua vez, a analista Helena Argirakis considera que "no departamento de Santa Cruz ainda persistem representantes do velho sistema político partidário, ainda que surjam novos dirigentes".



Argirakis assegura que na atual cojuntura se "disputa uma arcaicacorrente baseada em lideranças unipersonalistas; o Governo deve ter cautela de não repetir a velha fórmula", apontou.



A sua vez, o ex-membro da assembleia Raú Prada não crê nos projetos individuais, senão em intenções integrais e coletivas.



"Devemos deixar o discurso das lideranças, já não há esse contexto individualista, de carismas pessoais, agora entramos em outra concepção do que é a condução política compartilhada", sustentou.



Ao referir-se à sepultura de antigos dirigentes de direita, Prada sustenta que essa tendência é parte de um fato refletido nos últimos processos eleitorais.



Nas eleições do passado 6 de dezembro, o presidente Evo Morais e o MAS obtiveram 64,22 por cento dos votos, enquanto a representação da direita mais próxima nos resultados apenas conseguiu 27 por cento de respaldo.



No próximo 4 de abril os bolivianos elegerão nas urnas aos governadores dos nove departamentos, mais assembleistas departammentais e prefeitos e vereadores para 327 municípios.



tgj/por/cc

Nenhum comentário:

Postar um comentário