Por Waldo Mendiluza
Caracas, 12 jan (Prensa Latina) Venezuela mantém ativos seus mecanismos diplomáticos e militares para desmascarar incursões aéreas dos Estados Unidos em seu território, as quais considera uma provocação encaminhada a justificar ações bélicas.
Nesta segunda-feira, o governo apresentou novas gravações e traços de radar que demonstram a violação do espaço aéreo nacional por aparelhos de combate do Pentágono com base de operações em Curaçao.
Um avião de reconhecimento P-3 Orion penetrou no dia 8 de janeiro quatro milhas durante vários minutos, antes de regressar à ilha neerlandesa depois de ser interceptado por dois F-16.
Com esses elementos demonstramos ao país e ao mundo a ocorrência de incursões para provocar e a qualquer momento para agredir, advertiu o vice-presidente executivo, Ramón Carrizalez.
De acordo com o também ministro de Defesa, similares violações ocorreram 14 vezes, embora a maioria delas não estejam bem documentadas pela antiga carência de meios.
O país de maneira progressiva foi gerando uma capacidade de detectá-las, esclareceu.
Segundo o dirigente, o qualificativo de erro argumentado por Washington em um dos casos fica descartado.
Não há possibilidade de erros. Eles têm meios eletrônicos e aviões que desde grande altura os guiam, expôs.
Carrizález considerou prioritário, no atual contexto, elevar a vigilância e a preparação para detectar provocações.
Devemos diminuir nossa capacidade de reação, com o objetivo de assegurar-nos resposta com contundência a qualquer agressão, afirmou.
À polêmica dos sobrevoos une-se a denúncia realizada no final de 2009 pelo presidente Hugo Chávez, que assinalou a entrada no estado de Zulia de um artefato não tripulado, similar aos utilizados pelo Pentágono para tarefas de reconhecimento e bombardeio no Iraque, no Paquistão e no Afeganistão.
Para o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, os incidentes fazem parte da estratégia estadunidense de controle militar da América do Sul, vinculada ao estabelecimento de bases militares na Colômbia, nas Antilhas Neerlandesas e proximamente no Panamá, sem esquecer a reativação em 2008 da IV Frota.
É todo um movimento envolvente na região para tratar de reverter a independência e a liberdade recobrada por nações como a Venezuela, afirmou.
Ontem, Maduro citou o embaixador dos Países Baixos, Hans Van Vloten Dissevelt, e o encarregado de Negócios dos Estados Unidos, John Caulfield (o embaixador está de férias) para protestar pela mais recente violação da soberania.
Os citamos para informar-lhes o protesto e a rejeição do governo e do povo venezuelanos pelo acontecimento, explicou.
Ambos os diplomáticos negaram a incursão, postura desmascarada com a gravação e os traços de radar antes mencionados.
Com respeito aos próximos passos, o chanceler garantiu que o país estará alerta.
Esperaremos para ver como evolui a situação. Seguiremos vigilantes porque não podemos deixar passar algo assim, advertiu.
lac/wmr/es
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
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