Porto Príncipe, 14 jan (Prensa Latina)
A população da capital do Haiti vive hoje um segundo dia de angústia, no meio do caos e da desolação provocados pelo terremoto que na terça-feira derrubou grande parte da cidade.
A magnitude da tragédia, ainda sem avaliar com precisão, supera a capacidade das autoridades desta empobrecida nação, reconheceu o premiê, Jean Max-Berllerive, em declarações à imprensa.
Carecemos de resposta diante de um fato como este, disse Max-Berllerive, ao assegurar que o país depende da ajuda internacional para poder enfrentar o desastre, cujo número de mortos, prognostica, poderia superar os 100 mil.
Os países da região e de outras partes do mundo, bem como organizações internacionais, anunciaram desde a noite da última terça-feira a mobilização de recursos de emergência para ajudar as vítimas da catástrofe.
As primeiras equipes de auxílio e carregamentos com ajuda começaram a chegar a esta capital desde ontem, procedentes de Brasil, Cuba, Estados Unidos e da vizinha República Dominicana.
Segundo estimativas das Nações Unidas, o número de afetados pelo terremoto, de 7,0 graus na escala Richter, pode superar os três milhões de pessoas, no país mais pobre da América.
O Premiê apontou que uma das razões do elevado número de vítimas fatais é precisamente o alto nível de pobreza, que obriga muitas famílias a viver em casas precárias e em um grande amontoamento.
Não obstante, a força do abalo sísmico destruiu inclusive edificações que poderiam ser consideradas seguras, ou ao menos com boa manutenção, entre elas o Palácio de Governo, a catedral, hotéis e várias sedes de ministérios.
Durante a noite e a madrugada, uma quantidade imprecisa de pessoas passou as horas à intempérie, enquanto outra cifra imprevisível permanece presa entre os escombros à espera angustiante de auxílio.
O próprio presidente da República, René Preval, reconheceu ontem em uma emissora de televisão estadunidense que não tinha onde dormir ontem à noite. Sua residência também foi severamente danificada.
Preval qualificou como inimaginável a situação que sofre o Haiti pelo terremoto e estimou entre 30 mil e 50 mil o número de vítimas fatais, cifras que reconheceu ter escutado.
Alguns hospitais foram derrubados e outros estão cheios, disse o Presidente, e assegurou que a primeira necessidade do país é limpar as ruas de cadáveres e atender os feridos.
lac/rl/es
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
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