Por Mario Hubert Garrido
La Paz, 23 fev (Prensa Latina)
O processo de abertura de arquivos das ditaduras militares na Bolívia
começa hoje com a entrega de documentos por parte das Forças Armadas.
De acordo com o ministro de Defesa, Rubén Saavedra, nesta terça-feira, três dias antes do decidido,
a instituição militar permitirá que autoridades do Ministério Público acesse esses documentos.
Saavedra informou que às 16:00 (hora local), o promotor Milton Mendoza e o juiz Roger Valverde,
abrirão a informação zelosamente guardada sobre a ditadura de Luis García Meza (1980-1981).
Assinalou que esses dados serão postos a disposição das autoridades judiciais para que investiguem
o desaparecimento de várias pessoas durante o regime de García Meza.
Saavedra informou que o chefe da instituição militar, general Ramiro de la Fuente, será o
encarregado de entregar os arquivos.
Segundo o ministro, estas autoridades do Ministério Público poderão conhecer a informação
classificada da ditadura de acordo com que estabelece o artigo 98 da lei orgânica das Forças
Armadas.
Segundo estatísticas de organismos de direitos humanos, na Bolívia desapareceram cerca de 170
pessoas durante as décadas de 60, 70 e parte de 80.
Entre as vítimas figura o fundador do Partido Socialista, Marcelo Quiroga Santa Cruz, assassinado
no golpe militar de 17 de julho de 1980 realizado pelo general García Meza, atualmente em prisão.
Nas décadas de 70 e 80, a luta contra grupos opositores realizou-se dentro da Operação Condor.
Em julho de 2009, graças ao esforço de antropólogos argentinos e bolivianos, em Teoponte, ao
norte de La Paz, foram encontrados os restos mortais de membros do Exército de Libertação
Nacional (ELN), um estudo que continuará para encontrar outros 20 corpos.
asg/ga/es
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
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