domingo, 21 de fevereiro de 2010

Chávez destaca papel defensivo da Milícia Camponesa

Caracas, 21 fev (Prensa Latina)


O presidente venezuelano, Hugo Chávez, destacou hoje a importância da Milícia Camponesa como corpo armado instituído para defender das agressões internas e externas as terras em poder do povo.



"Nasce para cumprir com esse dever, colocando o ênfases no protagonismo e a responsabilidade do campesinado como sujeito coletivo em função de sua própria defesa", assinalou em seu artigo dominical Las Líneas de Chávez.



De acordo com o presidente, os ataques de latifundiários empenhados em impedir a execução da Lei de Terras e Desenvolvimento Agrário (vigente desde 2001) demonstram a necessidade de criá-la.



A oligarquia latifundiária pôs em marcha uma agenda violenta contra o resgate das terras e o exercício pleno do direito consagrado por essa Lei de Terras e pela mesma Constituição, expôs.



Para o estadista, trata-se de uma arremetida através de uma escalada de agressões, sabotagens e assassinatos de sicários pelas forças mais retrógradas da sociedade venezuelana.



Em data recente, Chávez denunciou a execução de mais de 300 camponeses nos últimos anos.



"O dever indelegável do Estado nacional bolivariano e o Governo Revolucionário é proteger ao campesinado: defendê-lo com todos os meios ao seu alcance", apontou.



Segundo o dirigente socialista, os primeiros exercícios da Milícia Camponesa, realizados na semana passada em Pan, Cojedes, são apenas uma mostra inicial do desenvolvimento de um corpo armado popular para salvaguardar a integridade e a soberania nos campos da Venezuela.



Mais de dois mil 500 camponeses participaram na manobra, acompanhados do alto comando militar e do vice-presidente executivo, Elías Jaua.



Quem mais do que a comunidade para conhecer melhor que ninguém as dinâmicas, as atividades, as falhas e os aspectos essenciais em matéria de segurança em sua localidade; o mesmo em matéria geográfica, espiritual e material?, escreveu.



Com respeito à natureza do corpo armado, Chávez esclareceu que não são forças paramilitares.



É assim que os analistas (opositores) de sempre querem que sejam vistas, menos ainda se concebemos semelhante palavra dentro da semântica reacionária colombiana, advertiu.



Nesse sentido, destacou que a Milícia Camponesa é uma entidade absolutamente regida pela Lei, para junto à Milícia Bolivariana defender ao país de ataques internos e externos.



São componentes da Força Armada Bolivariana, o povo em armas, informou.



tgj/wmr/cc

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