Teerã, 19 fev (Prensa Latina)
O líder supremo, Ayatolah Ali Khamenei, presidiu hoje a apresentação
do primeiro destruidor míssil iraniano, e recusou acusações de que o país tenta a arma atômica, ao a
considerar incompatível com os princípios da religião islâmica.
Khamenei visitou o navio batizado como "Jamaran" junto com oficiais de alta patente da Marinha
de Guerra do Irã e constatou que está "plenamente operacional", apesar de ser o primeiro de seu tipo
arquitetado e desenvolvido na República Islâmica.
A embarcação foi posta nas águas do Golfo Arábico-Pérsico e tem capacidade para acolher 14 mil
toneladas, além de estar dotada de modernos radares e equipamento militar eletrônico, segundo
explicaram fontes especializadas à televisão estatal.
As autoridades indicaram que atualmente estão em construção mais barcos multipropósito desse
porte, que carregam torpedos e canhões navais avançados, podem transportar a bordo de 120 a 140
efetivos, e mísseis destruidores antibarcos e superfície-ar.
O que já se considera o maior salto tecnológico da indústria naval iraniana, além de 94 metros de
comprimento e um peso de 1.500 toneladas, tem uma velocidade limite de até 30 nodos [30 milhas
por hora] e possui uma pista de aterrissagem para helicópteros.
Paralelo ao lançamento do Jamaran, círculos governamentais reproduziram declarações do guia
religioso do Irã nas que recusou em duros termos acusações do novo diretor do Organismo
Internacional da Energia Atômica (OIEA), o japonês Yukiya Amano.
"Nós não cremos nas bombas atômicas e não as buscamos", sentenciou Khamenei em resposta a
Amano, que em uma postura bem mais hostil expressou em seu primeiro informe o temor pelo
suposto interesse do Teerã de fazer a arma atômica.
Na quinta-feira, o OIEA confirmou que o país já enriquece urânio a 20 por cento na planta de
Natanz, o que tinha anunciado o presidente Mahmoud Ahmadinejad, mas em um rascunho assinalou
que pode estar trabalhando em segredo para desenvolver ogivas nucleares.
Ao qualificar de infundadas essas alegações, o líder supremo assegurou que "esse tipo de armas de
destruição em massa são vistas (pelos islamistas) como símbolos de genocídio e, portanto, estão
proibidas e consideradas como 'haram' (pecado religioso)".
Analistas locais interpretaram o primeiro relatório de Amano como sinal de uma postura mais hostil
do OIEA sob seu gerenciamento, e de mais pressões das potências ocidentais para que renuncie a
seu programa nuclear, apesar de reiterar seu caráter pacífico e civil.
lac/Ucl/es
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
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