terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Designam novo chefe do Exército da Nicarágua

Por Alfredo G. Pierrat

Manágua, 22 fev (Prensa Latina)


O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, ascendeu em grau ao

maior general Julio César Avilés Castillo e designou-o Comandante em Chefe do Exército, em

relevo do general de exército Omar Hallesleven, quem passou a retiro.

Em uma emotiva cerimônia concluída ontem à noite na sede da Brigada de Infantaria Mecanizada,

nas vizinhanças desta capital, o presidente, chefe supremo das forças armadas nicaraguenses, impôs

a Avilés Castillo as insígnias de General de Exército, o grau máximo a que pode ascender um

militar na Nicarágua.

A ascensão de Avilés Castillo e sua designação para o novo cargo, inscreve-se no traspasso normal

de comando na chefatura do corpo militar, previsto a cada cinco anos.

Com sua nomeação, Julio César Avilés Castillo converte-se no quinto chefe do Exército da

Nicarágua depois do derrocamento da tirania somozista, em 1979, e a dissolução da tristemente

célebre Guarda Nacional formada pelas tropas norte-americanas de ocupação na década dos anos

trinta.

O General Humberto Ortega Saavedra comandou-o desde sua criação até 1995 e, a partir desse ano,

os chefes do Exército sucederam-se por períodos quinquenais, em relevos que sempre se fizeram os

21 de fevereiro, em homenagem à memória do herói nacional Augusto C. Sandino, assassinado pela

tirania somozista nesse dia de 1934.

O novo Comandante em Chefe desempenhou-se durante os últimos cinco anos como chefe do

Estado Maior do Exército, sob o comando do general Hallesleven.

A cerimônia de traspasso contou com a assistência de várias centenas de convidados, entre os que se

encontravam dirigentes dos poderes do Estado e do governo, altos chefes do Exército e da Polícia

Nacional e representantes de setores empresariais, produtivos, de organizações sociais, bem como

delegações militares estrangeiras e diplomáticos acreditados aqui, entre outros.

Depois da passagem de revista às tropas presentes no ato, o presidente Daniel Ortega fechou a

cerimônia com um discurso no que destacou as raízes populares do Exército, assentadas nas lutas de

patriotas insignes como José Dores Estrada, Benjamín Zeledón e Augusto C. Sandino.

Por isso, sublinhou o presidente, na Nicarágua não existe a mais mínima possibilidade de uma vez

de Estado, nem que os soldados vão disparar em algum dia contra os trabalhadores, contra o povo.

lma/agp/dcp

Exigem

Nenhum comentário:

Postar um comentário