Bruxelas, 18 fev (Prensa Latina)
Os governos da Alemanha, França, Reino Unido e da Irlanda solicitaram hoje uma explicação a Israel a respeito das circunstâncias do assassinato em Dubai de um dirigente do movimento islâmico Hamas e do uso de passaportes falsos.
O ministro alemão de Relações Exteriores, Guido Westerwelle, pediu com urgência que as autoridades israelenses ofereçam informação que ajude ao esclarecimento da morte de Mahmud Al Mabhud, segundo um comunicado oficial.
Westerwelle encomendou ao diretor do departamento do Oriente Médio do ministério de Relações Exteriores, Andreas Michelis, reunir-se nesta quinta-feira com o encarregado de Negócios de Israel em Berlim a fim de ter explicações em torno do assassinato de Al Mabhud, perpetrado em Dubai, em janeiro último.
Alemanha, segundo o titular de Exteriores, tem interesse de contribuir ao esclarecimento deste caso, no que estão implicados ao menos 11 pessoas que viajaram aos Emiratos Árabes Unidos com passaportes europeus falsificados: seis britânicos, três irlandeses, um alemão e francês, respectivamente.
Para a polícia de Dubai, os indícios a respeito do assassinato apontam ao serviço secreto de Israel, o Mossad.
Os governos do Reino Unido e Irlanda convocaram também, por sua vez, aos embaixadores de Tel Aviv em ambos países em busca de uma explicação pelo uso dos passaportes falsos.
O ministro britânico de Relações Exteriores, David Miliband, pediu cooperação a Israel para esclarecer o que qualificou de indignante assunto, mas evitou se pronunciar sobre um suposto envolvimento do Mossad.
A União Européia anunciou por enquanto uma reunião na segunda-feira próxima em Bruxelas para analisar as informações disponíveis e escutar ao chanceler israelense, Aviador Lieberman, em sua versão sobre o caso, do que muitos políticos chamam a atenção pelo considerar um precedente grave.
mgt/oda/dcp
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