Por María Julia Mayoral
México, 21 fev (Prensa Latina)
O presidente boliviano, Evo Morales, assegura que sua proposta à
Cúpula do Grupo do Rio, que reunirá hoje governantes da América Latina e do Caribe, "é
claríssima: uma nova OEA sem os Estados Unidos".
Ontem à noite, depois do emotivo encontro com organizações e movimentos sociais mexicanos,
reunidos nesta capital, Morales conversou com a imprensa a respeito do encontro que se iniciará
nesta segunda-feira em Cancún, Quintana Roo, sob a convocação unida aos países da região.
"Nossa proposta, reiterou o dignatário, é "claríssima"; uma nova OEA (Organização de Estados
Americanos) sem a presença imperialista, embora reconheceu que a aprovação dependerá dos
demais presidentes.
Conseguir a unidade entre os governos da área, estimou, "será todo um processo" que levará anos, e
estamos apenas na segunda reunião da Cúpula da América Latina e do Caribe, após a primeira
convocada por iniciativa do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Esperanças imediatas de libertar-nos do imperialismo norte-americano não há ainda; mas se gesta
uma grande consciência em nossos povos e os governos devemos perguntar-nos até onde podemos
avançar e nos desenvolver com ou sem o império, sustentou Morales.
Ao argumentar o porquê de seu convite a pensar a influência da potência do Norte, o líder boliviano
recordou o histórico de controles, chantagens, condicionamentos e tentativas de golpes de Estado e
nada disso, afirmou, foi para uma melhor América Latina.
Há nos povos um grande sentimento de libertação das democracias pactuadas, essas em que
continuaram os saques dos recursos naturais e a privatização dos serviços básicos durante décadas
de neoliberalismo, valorizou o dirigente boliviano.
O presidente Obama (Barack Obama, Estados Unidos) disse que não tinha sócios maiores e
menores e que queria trabalhar junto com os latino-americanos, mas o que mudaram, opinou
Morales, são as formas de manter uma mesma política.
Outras formas, assinalou, de criar conflitos internos e dividir os países, enquanto consolidam novas
bases militares no Panamá, Peru e Colômbia, que são uma provocação aos latino-americanos.
Na região, insistiu, há um grande sentimento popular de libertação das democracias pactuadas e
esse movimento abre muitas esperanças, como parte de um processo, indicou.
Os povos estão unidos e os governos precisamos unir-nos sobre bases anti-imperialistas, de
independência e soberania; embora não penso, advertiu, que essa solução possa se conseguir
amanhã mesmo.
Não obstante, estimou, o processo de unidade da América Latina e do Caribe, "será um caminho
sem retrocesso e isso é uma vantagem para os povos".
O governo dos Estados Unidos, recordou, também não tem moral para falar de direitos humanos
quando a pior forma de os violar é o bloqueio que mantém sobre o povo de Cuba.
lgo/mjm/es
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