domingo, 21 de fevereiro de 2010

Novos passos para a integração latino-americana e caribenha

Quintana Roo, México, 19 fev (Prensa Latina)


Avançar para uma organização latino-americana e

caribenha, onde participem todos os países da região, será um dos temas centrais da Cúpula da

Unidade, que será celebrada em Riviera Maya.

Chefes de estado ou de governo e delegações de altas autoridades se reunirão nos dias 22 e 23 de

fevereiro nesta região turística do estado de Quintana Roo, em um espaço onde confluirão o Grupo

do Rio e a Cúpula da América Latina sobre Integração e Desenvolvimento (CALC).

"Trata-se de um exercício de grande importância que pretende por em uma só sintonia, sistematizar

uma agenda de trabalho para a região em seu conjunto", declarou a secretária de Relações

Exteriores do México, Patricia Espinosa.

Especialistas trabalham desde esta quinta-feira nos documentos que serão apresentados no fim de

semana aos chanceleres e depois aos chefes de Estado para seu debate e aprovação.

De acordo com Salvador Beltrán, subsecretário para a América Latina da chancelaria, existe

consenso entre os países em que já é o momento de avançar para uma maior unidade, embora ainda

existam algumas diferenças quanto ao nome da futura organização.

A ideia de criar uma entidade onde não estejam nem os Estados Unidos, nem o Canadá, foi proposta

por vários líderes regionais, diante da necessidade de contar com um mecanismo que satisfaça as

expectativas dos povos e preserve sua independência, soberania e identidade.

Aliás, a primeira Cúpula da CALC, celebrada em dezembro de 2008 na Costa do Sauípe, Brasil,

teve entre seus objetivos impulsionar a integração e o desenvolvimento sem ingerência de potências

extra-regionais.

O desafio de unir vontades e estender pontes entre as nações da região, apesar da diversidade,

garantirá o resultado exitoso deste encontro, declarou naquela ocasião o chefe de Estado brasileiro,

Luis Inácio Lula da Silva.

O intenso intercâmbio dos dignatários foi fechado com um ato de justiça histórica, como o

denominou o presidente venezuelano, Hugo Chávez, com as boas-vindas a Cuba como membro

pleno do Grupo do Rio.

Durante sua intervenção no encontro, o presidente cubano, Raúl Castro, declarou que “nossas

diferenças não devem privar de uma integração que faça realidade os justos anseios da grande

maioria das 550 milhões de pessoas que convivemos desde o Rio Bravo até a Patagônia”.

Da mesma forma que na Costa do Sauípe, na Riviera Maya convergirão os 23 países do Grupo do

Rio e os 33 da Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento.

tgj/car/es

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