Beirut, 19 fev (Prensa Latina)
A agência da ONU de ajuda para os palestinos refugiados (UNRWA)
afirmou que sem uma solução ao drama dessas pessoas não terá paz no Oriente Médio, e demandou
maiores contribuições financeiras internacionais.
Círculos governamentais do Líbano destacaram hoje o chamado feito nesta capital pelo
comissionado geral da UNRWA, Filippo Grandi, que considerou "trágico" que a comunidade
internacional ainda não tenha chego a uma solução para o problema de milhões de deslocados
palestinos.
"A UNRWA não tem desempenho político, mas sim o dever moral de recordar a todas as partes
envolvidas e aos governos com interesse no processo de paz que não haverá paz sem uma justa
solução para os refugiados de acordo com as resoluções da ONU", destacou.
Grandi reclamou apoio financeiro durante a visita que iniciou na quinta-feira a este país, onde
residem em precárias condições cerca de 450 mil dos 4,7 milhões de palestinos expulsos de seus
territórios por Israel desde a guerra de 1948.
O servidor público nomeado no cargo em janeiro passado opinou que a sorte dessas pessoas "é um
dos temas mais espinhosos" no estancado processo de negociações entre palestinos e israelenses,
pois estes últimos recusam as demandas dos primeiros.
A Autoridade Nacional Palestina (ANP), que preside Mahmoud Abbas, exige como parte de um
acordo de paz o direito de volta dos desarraigados de suas terras em 1948 durante a criação do
Estado de Israel, que aprovaram e promoveram as principais potências mundiais.
Do total de palestinos, a maioria estabeleceu-se em 12 acampamentos no Líbano e em outros na
Jordânia e na Síria, todos com preocupantes índices de pobreza, insalubridade, infra-estrutura e
problemas sociais, segundo constatou a Prensa Latina em vários deles.
A situação tem sido a mesma durante 60 anos até agora, e hoje falamos de uma quarta geração de
refugiados, observou Grandi em declarações a jornalistas para remarcar que "sem uma solução, isto
só continuará" se agravando.
A UNRWA anunciou um déficit de 100 milhões de dólares em seu orçamento para 2010, uma parte
do qual o destinará a reconstruir o acampamento de Nahr al-Bared, próximo à cidade portuária de
Trípoli, no norte do Líbano, que ficou em ruínas em 2007.
Segundo Grandi, apenas receberam 120 dos 450 milhões de dólares solicitados para levantar esse
acampamento e áreas vizinhas devastadas por combates entre o exército libanês e a milícia radical
Fatah Al-Islã, que deixaram cerca de 400 mortos, incluídos 168 soldados.
asg/ucl/es
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