quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Latino-americanos propõem modelo alternativo frente à mudança climática

Caracas, 25 nov (Prensa Latina) Científicos latino-americanos advertiram que os problemas da mudança climática, mais que meteorológico, são de ordem sociopolítica e adiantaram a necessidade de um modelo alternativo ao padrão tecnológico atual.




Participantes do simpósio “Crise ambiental e modelo de desenvolvimento: duas caras da mesma moeda?” alertaram em suas conclusões que por trás do acelerado aumento da temperatura do planeta, se escondem fatores de origem antropogênico.



Como resultado disso, o problema deve ser enfrentado a partir dos governos, na opinião dos especialistas reunidos durante o VIII Congresso Venezuelano de Ecologia, recém concluído.



Segundo o critério, difundido em nota de imprensa, considerar à natureza fonte para satisfazer as necessidades dos homens e não como integrante do ecossistema é resultado do padrão tecnológico da sociedade capitalista, pois conduz ao consumismo e a uma guerra sistemática do ser humano contra a natureza.



A respeito, o professor Edgardo Lander, da Faculdade de Ciências Econômicas e Sociais da Universidade Central da Venezuela, propôs "apagar a tecnologia existente e começar a partir do zero em outra direção".



Segundo Lander devem-se criar alternativas correspondentes a outras formas de conhecimento e, mais que reduzir emissões de gases de efeito estufa, discutir o padrão civilização e deter a dinâmica destrutiva dos padrões tecnológicos.



Da mesma forma, o professor Carlos Porto Gonçalves, da Universidade Fluminense do Brasil, ressaltou que a separação entre homem e natureza é resultado da busca do lucro, se impondo o quantitativo acima do qualitativo.



A seu julgamento, a luta ambiental para o reapropriamento social da natureza "é fundamental para estabelecer de maneira adequada, admissível e sustentável uma sociedade equilibrada".



Walter Lanz, membro do Conselho Socialista Nacional de Agroecologia, chamou assim mesmo a atenção sobre o papel estratégico das comunidades indígenas no processo de reaproximação do homem com a natureza.



Para Lanz estas sociedades converteram-se em depositárias de elementos, práticas e objetos "que têm muito a ver com a possibilidade de que a mesma humanidade se salve da grande mortalidade".



rc/ml/es

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