terça-feira, 24 de novembro de 2009

Reiteram que América Latina está ameaçada por bases dos EUA na Colômbia

Caracas, 23 nov (Prensa Latina) O Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) reiterou hoje que esta nação e América Latina percebem a ameaça pelas sete bases militares dos Estados Unidos na Colômbia.


De acordo com o dirigente socialista Rodrigo Cabezas, Venezuela e América Latina sentem-se ameaçadas pela presença militar sobre dimensionada da potência nortenha no país vizinho.

Cabezas respaldou a denúncia do presidente Hugo Chávez, acompanhado da maioria dos governos da América do Sul, sobre o perigo que representa para a soberania dos povos latino-americanos a presença norte-americana em Colômbia.

Segundo ele, o objetivo do governo estadunidense é aumentar uma maior capacidade de transporte e mobilidade para reforçar a vigilância na América do Sul.

Em tal sentido, acrescentou, "parece-nos absolutamente antipatriota e desenfocada a atuação e as opiniões que nestes dias tem dado a oposição venezuelana. Estes senhores parecem que declaram de outro país e que não são venezuelanos".

Venezuela não agride a ninguém, declarou Cabezas, que assegurou que os problemas que existem nos estados fronteiriços Zulia e Táchira são originados pelo conflito social-histórico, gerado há muitos anos na Colômbia.

Denunciou que os semeadores de drogas, os narcotraficantes, os desmobilizados paramilitares estão na Colômbia, e destes alguns estão infiltrados aqui.

Venezuela é uma vítima dos gravíssimos problemas sociais, políticos e militares de Colômbia, declarou.

Neste contexto, o ministro do Interior, Tareck El Aissami, informou no sábado último sobre a detenção da chefe paramilitar colombiana Magaly Moreno, pessoa de confiança de Luis Osorio, ex fiscal geral da Colômbia.

Durante uma coletiva de imprensa, El Aissami explicou que uma chefe paramilitar mantivesse vínculos com Osorio, atual embaixador de Colômbia em México, dá conta da descomposição institucional e moral do governo de Álvaro Uribe.

No passado 30 de outubro, Bogotá e Washington assinaram um acordo que permite aos Estados Unidos instalar sete bases militares em solo neogranadino.

Segundo o documento assinado, autoriza-se a presença no país vizinho de pelo menos 800 militares estadunidenses e 600 civis contratistas da administração norte-americana que terão imunidade e não se subordinarão às leis colombianas.

O governo venezuelano iniciou em 28 de julho último o congelamento das relações econômicas com a Colômbia, como resposta à ameaça que representa para Venezuela e a região o referido convênio colombo-estadunidense.

Frente à ameaça bélica que representam esses enclaves na nação fronteiriça, Chávez propôs em 7 de agosto passado a formação de bases de paz, ao intervir em um encontro realizado aqui com representantes da organização Colombianos e Colombianas pela Paz.

ocs/rsm/bj

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