Ramalah, 26 nov (Prensa Latina) A liderança palestina, tanto o governo da Autoridade Nacional (ANP) como o grupo islamista Hamas, recusou hoje uma proposta israelense de congelar parcialmente a construção de assentamentos judeus, com exclusão de Jerusalém Leste.
Dentro do círculo próximo ao presidente da ANP, Mahmoud Abbas, o chefe negociador da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, criticou a oferta de Tel Aviv de frear por 10 meses a ampliação das colônias judias na Cisjordânia.
Erekat sustentou a mesma postura de Abbas referente a exigir a detenção total da atividade dos assentamentos nos territórios ocupados da Ribera Ocidental (Cisjordânia) e Jerusalém, como condição para retomar um diálogo sério com Israel.
Ao falar numa reunião de seu gabinete político e de segurança, o premiê israelense, Benjamín Netanyahu, anunciou um plano para congelar esses trabalhos, mas advertiu do que chamou de caráter indivisível de Jerusalém como capital eterna do Estado judeu.
Para o chefe negociador palestino a postura israelense é uma "distração estratégica inaceitável" que trata de "fazer uma distinção entre Jerusalém e a Ribera Ocidental (Cisjordânia)".
Enquanto Erekat apreciou nessa ação "uma redução da velocidade, mas não um congelamento" das colônias, outro dirigente da ANP Yasser Abed Rabbo negou ver na proposta "um primeiro passo para as conversas de paz", como sugeriu os Estados Unidos.
A ANP, recalcou Erekat, considera que o congelamento limitado dos trabalhos construtivos é "insuficiente" para relançar as conversas com os israelenses, ao mesmo tempo em que qualifica essa questionada "decisão unilateral" de "perigosa" para o futuro de Jerusalém.
Ademais, criticou declarações do enviado especial estadunidense para o Oriente Médio, George Mitchell, que saudou o anúncio de Netanyahu afirmando que "é mais do que qualquer governo israelense tenha feito antes, e pode ajudar a algum acordo entre as partes".
Erekat chamou Washington, incluída sua secretária de Estado, Hillary Clinton, a compulsar seu aliado Israel a frear "totalmente" as construções para que seja possível renovar as tratativas.
Por seu lado, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que controla Gaza, opinou que retomar o diálogo com Israel nessas circunstâncias seria um "crime nacional que os palestinos seguramente recusarão", segundo o porta-voz Sami Abu Zuhri.
Abu Zuhri definiu como "sem sentido" a exclusão de Jerusalém e afirmou que o congelamento parcial "equivale a uma capitulação estadunidense frente a Israel, e prova que os Estados Unidos não pode ser levado em conta como um mediador honesto".
O Hamas recusa, a princípio, as negociações com Tel Aviv, diferente de seu rival Al-Fatah, que lidera Abbas e tem persistido desde 1991 em conversas até agora infrutuosas.
rc/ucl/es
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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