quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Alertam que não será secreto o voto em eleições de Honduras

Tegucigalpa, 26 nov (Prensa Latina)


O ambiente de tensão política que caracteriza as vésperas das eleições de domingo em Honduras recebeu um novo elemento com uma denúncia da resistência antigolpista de que o voto não será secreto.



De acordo com relatórios de fontes da Frente Nacional contra o golpe de Estado, uma disposição do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) permitirá, na hora do voto, determinar a identidade do votante.



Informam que para estas eleições, o TSE decidiu enumerar cada uma das papeletas que entregam ao eleitor, tanto para presidente, quanto para deputados e prefeitos.



As boletas -agregam- agora serão entregues enumeradas e com isso se terá um melhor controle da pessoa que votou, o numero da papeleta será anotado na bitácula onde estará refletido que a pessoa "X" sufragou.



Ou seja, que se a vocês lhes entregam pelo dizer assim: as papeletas ABC2009-1234, esse

correlativo irá escrito simultaneamente com seu nome e cartão de identidade na bitácula,

assegura a denúncia, difundida pela Internet.



Quando essas papeletas forem contadas, eles saberão quem votou nulo, branco, vermelho, azul,

etc., e se você os insultou também, agrega.



O texto conclui "que por isso não tem que votar de jeito nenhum, pois a pessoa se delataria com o regime se votar nulo, branco ou insultar".



O TSE não tinha se pronunciado ontem à noite sobre o tema, embora publicamente tenha anunciado todas as garantias para a celebração da votação.



As eleições são recusadas pela Frente Nacional ao considerá-las uma farsa para tentar legitimar o golpe militar que derrocou o presidente Manuel Zelaya no passado 28 de junho.



O estadista anunciou também que impugnará os resultados das eleições, ao considerá-las ilegais por ser organizadas por um regime de facto.



Zelaya sustenta que a votação deve ser reprogramada para uma data posterior para que seja realizada em condições que permitam a restituição da democracia no país.



O regime colocou em marcha uma vasta parte das forças armadas, da polícia e cerca de cinco mil reservistas do exército para -disse- dar segurança aos eleitores.



lma/rl/es

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