Nações Unidas, 5 fev (Prensa Latina)
Cuba defendeu hoje nas Nações Unidas a existência de um dever de solidariedade com os países mais necessitados do mundo subdesenvolvido e defendeu a promoção de sociedades mais justas e humanas dentro da cada Estado. Sociedades que garantam uma distribuição mais equitativa da riqueza nacional e evitem que a mesma termine nas mãos das corporações multinacionais e dos grandes bancos do norte, disse o representante permanente de Cuba, Pedro Núñez Mosquera.
O diplomata falou nesta sexta-feira em uma comissão da ONU que dá seguimento a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social, celebrada em Copenhague em 1995.
O embaixador denunciou que a injustiça e exclusão produzidas pela atual ordem internacional impactam cada vez mais na marginalização de uma parte importante das nações do sul.
Sustentou que essa situação provoca que a fome, a pobreza extrema, o analfabetismo, a insalubridade e a morte prematura sigam como uma constante em um importante número de países.
E advertiu que a globalização neoliberal e a crise econômica gerada nos grandes centros de poder agravam as coisas.
O embaixador cubano assegurou que só terá avanços na integração social se as nações poderosas cumprem com seu compromisso de contribuir com 0,7 por cento de seu Produto Interno Bruto para a ajuda oficial para o desenvolvimento.
Assim mesmo, assinalou que os países em desenvolvimento utilizam a quinta parte de suas exportações para pagar "os serviços de uma dívida externa que tanta vezes temos pago".
Ainda, reclamou uma maior abertura nos intercâmbios comerciais e uma maior aceleração na transferência de tecnologias de ponta em condições mutuamente convindas.
Os países industrializados contam com os recursos para assistir ao desenvolvimento de nossos povos. O que falta é a vontade política para o fazer, com o que perpetuam a diferença e exclusão social, apontou.
Por outro lado, ressaltou as transformações sócio-econômicas realizadas em Cuba desde 1959 para construir uma sociedade justa e solidaria, apesar das ameaças, agressões e bloqueio dos Estados Unidos.
Ressaltou os avanços cubanos nos campos da saúde e a educação gratuitas e os altos índices de esperança de vida (mais de 77 anos), taxa de mortalidade infantil (4,8 por cada mil nascidos vivos), escolarização primária (100%) e secundária (99%).
Pontuou que Cuba prossegue sua colaboração com outros países em desenvolvimento com o envio de milhares de médicos, pessoal da saúde, professores, treinadores esportivos e outros especialistas.
Nesse sentido, explicou que depois do terremoto no Haiti os médicos cubanos nesse país atendem a mais de 35 mil pessoas e realizam mais de três mil cirurgias.
lgo/vc/cc
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
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