segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Cuba defende dever de solidariedade na Onu

Nações Unidas, 5 fev (Prensa Latina)


Cuba defendeu hoje nas Nações Unidas a existência de um dever de solidariedade com os países mais necessitados do mundo subdesenvolvido e defendeu a promoção de sociedades mais justas e humanas dentro da cada Estado. Sociedades que garantam uma distribuição mais equitativa da riqueza nacional e evitem que a mesma termine nas mãos das corporações multinacionais e dos grandes bancos do norte, disse o representante permanente de Cuba, Pedro Núñez Mosquera.



O diplomata falou nesta sexta-feira em uma comissão da ONU que dá seguimento a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social, celebrada em Copenhague em 1995.



O embaixador denunciou que a injustiça e exclusão produzidas pela atual ordem internacional impactam cada vez mais na marginalização de uma parte importante das nações do sul.



Sustentou que essa situação provoca que a fome, a pobreza extrema, o analfabetismo, a insalubridade e a morte prematura sigam como uma constante em um importante número de países.



E advertiu que a globalização neoliberal e a crise econômica gerada nos grandes centros de poder agravam as coisas.



O embaixador cubano assegurou que só terá avanços na integração social se as nações poderosas cumprem com seu compromisso de contribuir com 0,7 por cento de seu Produto Interno Bruto para a ajuda oficial para o desenvolvimento.



Assim mesmo, assinalou que os países em desenvolvimento utilizam a quinta parte de suas exportações para pagar "os serviços de uma dívida externa que tanta vezes temos pago".



Ainda, reclamou uma maior abertura nos intercâmbios comerciais e uma maior aceleração na transferência de tecnologias de ponta em condições mutuamente convindas.



Os países industrializados contam com os recursos para assistir ao desenvolvimento de nossos povos. O que falta é a vontade política para o fazer, com o que perpetuam a diferença e exclusão social, apontou.



Por outro lado, ressaltou as transformações sócio-econômicas realizadas em Cuba desde 1959 para construir uma sociedade justa e solidaria, apesar das ameaças, agressões e bloqueio dos Estados Unidos.



Ressaltou os avanços cubanos nos campos da saúde e a educação gratuitas e os altos índices de esperança de vida (mais de 77 anos), taxa de mortalidade infantil (4,8 por cada mil nascidos vivos), escolarização primária (100%) e secundária (99%).



Pontuou que Cuba prossegue sua colaboração com outros países em desenvolvimento com o envio de milhares de médicos, pessoal da saúde, professores, treinadores esportivos e outros especialistas.



Nesse sentido, explicou que depois do terremoto no Haiti os médicos cubanos nesse país atendem a mais de 35 mil pessoas e realizam mais de três mil cirurgias.



lgo/vc/cc

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