quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Presidente haitiano satisfeito com resultados da Cúpula da UNASUL

Quito, 10 fev (Prensa Latina)


O presidente haitiano, René Préval, regressou a seu devastado país

satisfeito com os acordos da União de Nações Sul-americanas (UNASUL) de criar um fundo de 100

milhões de dólares e uma estratégia de ações para apoiar sua reconstrução.

A destruição da capital desse país caribenho pelo terremoto do dia 12 de janeiro, que ocasionou

mais de 200 mil mortos, centenas de milhares de feridos e mais de um milhão de desabrigados, foi

qualificada aqui como a maior tragédia na história americana.

A reunião extraordinária do bloco regional, efetuada ontem nesta capital a pedido do presidente

equatoriano, Rafael Correa, como Presidente Pro Témpore da UNASUL, aprovou um programa de

13 pontos com as prioridades dadas pelo governo haitiano.

"Estou extremamente satisfeito porque chegamos a conclusões muito concretas. Sei que há

contribuições que virão mais rápido que outras porque este é um trabalho gigantesco e não se pode

fazer em dois dias", assinalou Préval.

Na declaração aprovada por unanimidade, os Chefes de Estado ou de Governo, Chanceleres e

representantes dos 12 países da região solicitaram ao Banco Interamericano de Desenvolvimento

(BID) outro crédito brando de 200 milhões de dólares para necessidades urgentes do Haiti.

Os países sul-americanos decidiram atender de maneira prioritária e imediata os três eixos

propostos nesta reunião pelo presidente haitiano, quanto ao apoio em infra-estrutura e energia, à

agricultura para conseguir a segurança alimentar e à saúde.

Os países da UNASUL enviarão, imediatamente, carpas apropriadas para as necessidades e

procederão com a construção de abrigos, para atender a urgente necessidade de moradias nessa

nação caribenha diante do início das chuvas.

Préval assegurou que o processo de descentralização é uma prioridade, daí o pedido de apoio em

construção de vias, e introduziu o conceito de refundação, que inclui a possível transferência da

capital devastada para regiões que ofereçam maior segurança sísmica.

Os governos sul-americanos fizeram também um chamado a todos os países credores,

especialmente aos organismos multilaterais, para perdoar as dívidas que tenha Haiti, e se

pronunciaram por apoiar a diversificação de fontes energéticas e a reconstrução da sede do governo.

tgj/prl/es

Presidente

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