Quito, 10 fev (Prensa Latina)
O presidente haitiano, René Préval, regressou a seu devastado país
satisfeito com os acordos da União de Nações Sul-americanas (UNASUL) de criar um fundo de 100
milhões de dólares e uma estratégia de ações para apoiar sua reconstrução.
A destruição da capital desse país caribenho pelo terremoto do dia 12 de janeiro, que ocasionou
mais de 200 mil mortos, centenas de milhares de feridos e mais de um milhão de desabrigados, foi
qualificada aqui como a maior tragédia na história americana.
A reunião extraordinária do bloco regional, efetuada ontem nesta capital a pedido do presidente
equatoriano, Rafael Correa, como Presidente Pro Témpore da UNASUL, aprovou um programa de
13 pontos com as prioridades dadas pelo governo haitiano.
"Estou extremamente satisfeito porque chegamos a conclusões muito concretas. Sei que há
contribuições que virão mais rápido que outras porque este é um trabalho gigantesco e não se pode
fazer em dois dias", assinalou Préval.
Na declaração aprovada por unanimidade, os Chefes de Estado ou de Governo, Chanceleres e
representantes dos 12 países da região solicitaram ao Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID) outro crédito brando de 200 milhões de dólares para necessidades urgentes do Haiti.
Os países sul-americanos decidiram atender de maneira prioritária e imediata os três eixos
propostos nesta reunião pelo presidente haitiano, quanto ao apoio em infra-estrutura e energia, à
agricultura para conseguir a segurança alimentar e à saúde.
Os países da UNASUL enviarão, imediatamente, carpas apropriadas para as necessidades e
procederão com a construção de abrigos, para atender a urgente necessidade de moradias nessa
nação caribenha diante do início das chuvas.
Préval assegurou que o processo de descentralização é uma prioridade, daí o pedido de apoio em
construção de vias, e introduziu o conceito de refundação, que inclui a possível transferência da
capital devastada para regiões que ofereçam maior segurança sísmica.
Os governos sul-americanos fizeram também um chamado a todos os países credores,
especialmente aos organismos multilaterais, para perdoar as dívidas que tenha Haiti, e se
pronunciaram por apoiar a diversificação de fontes energéticas e a reconstrução da sede do governo.
tgj/prl/es
Presidente
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
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