quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

União Europeia busca reformas econômicas 2010-2020

Bruxelas, 11 fev (Prensa Latina)


A cúpula extraordinária que inicia hoje a União Europeia (UE)

buscará reformas econômicas para a década 2010-2020, diante de situações convulsas dos últimos

dias no bloco comunitário.

Qualificada pelos observadores como uma reunião de crise pela pressão dos mercados, o encontro

se efetua quando crescem as dúvidas sobre a capacidade da Grécia para lançar adiante um apertado

ajuste orçamental.

As finanças públicas gregas atravessam um conflito nunca visto em 30 anos, e se estima que em

2009 a dívida atingiu 113 por cento do PIB e o déficit 12,7 por cento.

Tal situação estende-se a outros membros da zona euro com economias debilitadas pela recessão

mundial, como Portugal e Espanha.

O encontro dos líderes europeus também se realizará em a meio de dificuldades crescentes de

financiamento para alguns estados e um retrocesso do euro, circunstâncias que modificaram a

agenda inicial.

A cúpula desta quinta-feira foi convocada pelo presidente do Conselho Europeu, o belga Herman

Van Rompuy, com o propósito de suscitar um debate livre, sem decisões, sobre o esboço de uma

nova estratégia de reformas econômicas para a presente década.

Em tal sentido, se enfocará em aspectos políticos do apoio à Grécia e seus problemas de dívida, por

isso a UE aproveitará para reafirmar a solidez e solidariedade monetária do bloco e impulsionar

reformas e ajustes necessários, ainda que sejam socialmente dolorosos.

Sobre essa base apenas participarão os chefes de Estado ou de Governo, não haverá ministros nem

assessores, também não se aprovarão conclusões formais e a imprensa estará afastada.

Durante a década passada a UE propôs-se metas que ao término desse período aparecem

incumpridas, entre elas atingir em 2010 uma taxa de emprego de 70 por cento e subir a despesa em

pesquisa e desenvolvimento até três por cento do Produto Interno Bruto.

rc/crc/es

Ex

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