Por Waldo Mendiluza
Caracas, 13 fev (Prensa Latina)
O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) organiza sua agenda eleitoral para as eleições legislativas de 26 de setembro, depois que o presidente Hugo Chávez anunciou primárias de base nesta semana para escolha dos candidatos.
Na mira da principal força política do país, com mais de sete milhões de inscritos, está conseguir ao menos dois terços dos 165 deputados da Assembléia nacional.
De acordo com o chefe de Estado e máximo líder do PSUV, aqueles que forem selecionados como candidatos às cadeiras devem sair de um processo transparente, afastado dos ataques pessoais e do individualismo.
Também expressou confiança no método de eleição dos candidatos.
"Jogo-a com o povo, com as bases, com a consciência, com um Partido que tem dado demonstração de maturidade e força interna", apontou na última quinta-feira no Teatro Municipal de Caracas, durante uma sessão do I Congresso extraordinário dos socialistas.
Chávez anunciou a realização das primárias e propôs um cronograma que deve submeter à consideração dos 772 delegados da disputa.
Segundo o mandatário, a agenda inclui a auto-postulação dos militantes pelos 87 circuitos, de 4 a 7 de março, seguida da campanha interna em abril.
A seguir faríamos as primárias em 16 de maio, no máximo cinco dias depois anunciaríamos nossos candidatos, os quais em junho devem se inscrever no Conselho Nacional Eleitoral, acrescentou.
Para Chávez, a vitória nas eleições legislativas passa por questões como a unidade dos seguidores da Revolução Bolivariana e a participação popular nas urnas.
Peço à Pátria para Todos, aos comunistas e a outras forças que não se deixem levar pelo partidismo. Ponhamos a frente os interesses da pátria e da Revolução, assinalou ontem durante uma multitudinaria marcha para celebrar no Dia do Estudante.
O dirigente insistiu ainda na importância de garantir a inscrição das pessoas.
"Todos os jovens com 18 anos devem se registrar, e temos que chegar aos mais longínquos lugares para que não fique um revolucionário sem se inscrever antes de 30 de abril", disse.
Com respeito aos resultados das eleições parlamentares, Chávez considerou-os fundamentais para a consolidação da revolução iniciada em fevereiro de 1999.
"Nós estamos obrigados a ganhar a Assembléia com não menos de dois terços. Não podemos permitir que os burgueses e os fascistas se apoderem dela, porque seria um golpe mortal para a Revolução", advertiu.
Para o político, um triunfo opositor nas eleições parlamentares significaria uma cruzada contra seu governo.
"Eles tentariam derrubar-me e desconhecer os direitos do povo", adiantou. Enquanto as eleições internas para definir os aspirantes a deputados pelo PSUV começam a tomar forma, esta variante também valorizada pela oposição parece nesse setor cada vez mais remota.
Alguns inimigos do executivo têm anunciado suas candidaturas à margem da mesa de unidade, iniciativa nascida para tratar de criar um bloco monolítico contra Chávez.
As rupturas provocam crescentes preocupações nas filas antigovernamentais, critério expressado já por vários de seus dirigentes.
rc/wmr/cc
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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