Havana, 10 fev (Prensa Latina)
A literatura cubana exporá seu amplo registro na próxima Feira
Internacional do Livro, com um catálogo que abarca todos os gêneros, da ficção ao ensaio, juntando
em um ato os clássicos e os mais recentes.
Uma das joias da coleção de 90 títulos preparada por Letras cubanas oferecem-na os primeiros dois
tomos das Obras completas de José Lezama Lima, Paradiso e Tratados de Havana, que virão a luz
no encontro editorial, cuja abertura acontecerá amanhã, quinta-feira, em sua etapa havaneira.
No ano de seu centenário, Lezama será homenageado como corresponde a sua linhagem de
patriarca da literatura em língua hispânica, e a Feira Internacional Cuba 2010 o põe em primeiro
plano com os dois livros mencionados e outros dois que tendem uma mirada abarcadora sobre seu
universo.
Trata-se de Lezama revisitado, cujo autor Reynaldo González é um dos dois autores a que rende
tributo esta XIX feira. O outro texto é Assédio a Lezama Lima e outras entrevistas, do jornalista
Ciro Bianchi, que tem rastreado a fundo sua obra e documentos inédito em constantes descobertas.
Mas a gama de Letras cubanas estende-se até abarcar um nutrido grupo de escritores do interior da
ilha, alguns já conhecidos dos leitores como Glevis Coro e Soleida Ríos e outros menos difundidos,
que encontrarão agora um espaço para mostrar seu trabalho.
A poesia, tão marginada dos grandes mercados editoriais, terá aqui um destaque especial, com 12
volumes na categoria, e títulos como O meio dia da sombra, de Alberto Serret; O lugar existe, é
formoso, de Raúl Luis; Cantos da Revolução, de Nicolás Guillén; e As noites, de Félix Pita
Rodríguez.
Na narrativa estarão presentes, entre outros, Sob a bandeira rosa, de Ernesto Pérez Castillo; Águas e
outros contos, de Achy Obejas, e Tobías e outros contos, de Félix Pita Rodríguez.
Um leque similar reserva-se à ficção com A meia noite chegam os mortos, de Eliseo Altunaga; Lía,
o sexo escuro, de Yordanka Almaguer; O império de Havana. A vida secreta de Meyer Lansky, de
Enrique Cirules; A bagagem amarela, de Marta Rojas, e Ao céu submetidos, de Reynaldo González.
A proposta de Letras cubanas, com textos de ensaio incluídos, é uma incitação permanente.
Os leitores terão onde satisfazer seu gosto em um panorama que recolhe as pulsações da literatura
escrita na ilha, sem esquecer seus ascendentes maiores: Afasto Carpentier, Nicolás Guillén, José
Lezama Lima.
lgo/ag/es
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Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
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