sábado, 13 de fevereiro de 2010

Feira do Livro Cuba 2010, uma marcha ascendente

Havana, 12 fev (Prensa Latina)


A Feira Internacional do Livro Cuba 2010 iniciou hoje seu itinerário

havaneiro com uma multidão de propostas que exigiriam desdobramentos constantes de uma pessoa

em várias para poder seguir seu ritmo.

Há programas artísticos, literários, mesas redondas e seminários com os temas de atualidade

candente, conversas, oficinas para o brilho das ciências sociais e uma infinidade de apresentações

de livros, centro e protagonista de todas os olhares.

Uma feira com as pratilheiras repletas: mais de mil títulos, entre eles 30 volumes da e sobre a

Rússia, país convidado de honra este ano, e sete milhões de exemplares que começaram a circular

em 48 livrarias havaneiras uma semana antes da abertura de sua sede principal, o Parque Morro-

Cabaña.

Inaugurada ontem nesse espaço quase infinito, ao ar livre -onde anos atrás teve seu refúgio o

Comando do guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara-, a sessão inaugural foi assistida

pelo presidente cubano, Raúl Castro, e pelo chanceler da nação homenageada, Serguei Victorovich

Lavrov, que destacou os vínculos entre as duas nações.

Rússia e Cuba têm profundos laços comuns, ideias apegadas à solidariedade e à justiça social,

afirmou em seu discurso de agradecimento.

Uma vez concluída a cerimônia oficial, Lavrov e Raúl Castro percorreram o Pavilhão desse país

europeu, cuja cultura é uma fonte nutritiva da literatura e do pensamento universais, despregada em

450 metros quadrados.

Neles ocupam lugar destacado as imagens que ilustram as cinco décadas decorridas desde o

restabelecimento das relações entre Moscou e Havana.

Que rápido passaram estes últimos 50 anos, comentou o presidente cubano, com uma frase

evocadora de entranháveis lembranças.

Interessou-se, também, por outras peculiaridades do pavilhão expositivo, pelas edições em russo do

pensamento do líder revolucionário Fidel Castro e recordou quanto influiu a literatura épica russa

nos combatentes que, nos primeiros anos da Revolução, tiveram que defender a ilha do assédio

cruel dos Estados Unidos.

Tem sido um bom começo, disse já na despedida o presidente cubano, e prognosticou um sucesso

de público à feira que hoje começa a se concretizar com o desfile de uma massa humana fiel em sua

devoção ao Parque Morro-Cabaña, um lugar permanente de culto dos havaneiros, ainda que o

volume dos livros flua como uma corrente de calor, viva, por toda a capital cubana.

Com duas personalidades do intelecto da ilha homenageadas, o escritor Reynaldo González e a

socióloga e historiadora María do Carmen Barcia, o encontro editorial colocou em movimento seu

séquito gigantesco, numa marcha ascendente.

Em suas palavras de saudação e gratidão, Reynaldo Gozález assinalou: "O jubileu do livro sairá

desta praça, das bancas e chegará aos lares. Tido como nosso acontecimento mais importante, o é

porque atinge uma continuidade imprevisível, não imediata mas que se clocada no horizonte de

gerações".

lma/ag/es

China

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