Waldo Mendiluza
Caracas, 11 fev (Prensa Latina) Apesar das qualificações de risco e da vontade de inimigos internos e externos do governo venezuelano, mais de uma dezena de empresas estrangeiras investirão 80 bilhões de dólares na Faixa Petroleira do Orinoco.
O interesse internacional pela maior reserva mundial de petróleo e a enorme cifra comprometida para os próximos cinco anos em mal uma parte do rico território resultariam contraditórios se se dessem por válidos os critérios daqueles qualificam a Venezuela do pior país para investir.
Ontem, oito companhias estrangeiras foram anunciadas como as vencedoras da licitação para explorar os blocos Carabobo 1 e 3 da Faixa, onde segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos jazem 513 bilhões de barris recuperáveis.
Repsol (Espanha), Petronas (Malásia) e as indianas ONGC, Oil Índia e Indian Oil integram o consórcio que operará no Carabobo 1.
Por sua vez, Chevron (Estados Unidos), Mitsubishi e Impex (Japão), junto à venezuelana Suelopetrol, trabalharão no Carabobo 3.
Ambas porções da faixa contribuirão por separado em 2016 não menos de 400 mil barris diários de petróleo.
Para então, os consórcios destinarão aproximadamente 30 bilhões de dólares a projetos nos quais são sócios minoritários dos estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA).
De acordo com o presidente Hugo Chávez, a confiança dessas entidades joga por terra a campanha midiática para desacreditar a Venezuela.
Há quem diga que os investidores se vão de aqui porque perderam a confiança, mas isto é a ratificação do contrário, afirmou pouco depois de encabeçar no Palácio de Miraflores a cerimônia sobre as licitações.
Segundo o mandatário, além dos recursos naturais, as petroleiras sentem-se atraídas pela responsabilidade e a transparência do governo.
Todas estas empresas sabem que na Venezuela há um governo sério, apontou.
Se grandes resultam os investimentos projetados para os blocos Carabobo, maior ainda o são as dos Junín, onde o ministro de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, adiantou 50 bilhões de dólares comprometidos por companhias estrangeiras.
Mais da metade dos recursos sairão de um consórcio russo (operará no Junín 6) e da petroleira italiana ENI (Junín 5).
Ramírez estimou em três milhões de barris de ouro negro adicionais a produção da Faixa dentro de seis anos.
Isso significaria que a capacidade de Venezuela em 2016 rondaria ao todo os seis milhões de barris, afirmou.
À margem dos montantes anunciados e do derrubamento do mito da desbandada inversionista, o estatus das entidades estrangeiras é bem diferente ao de antigamente.
As empresas que investem agora o fazem conscientes da condição de acolher a nossa Constituição, ressaltou o titular de Energia e Petróleos.
Portanto, estamos diante de sócios para os próximos 25-40 anos, porque assumem as leis, disse.
Ramírez destacou o pagamento de impostos petroleiros, bônus e incentivos, o financiamento para impulsionar a PDVSA e o compromisso de apoiar o desenvolvimento social das áreas da Faixa do Orinoco, aceito pelos inversionistas.
Venezuela recebeu ofertas por cinco mil 730 milhões de dólares, entre bônus e financiamentos, das companhias que explodirão os blocos Junín e Carabobo, significou.
De acordo com o dirigente, a abertura petroleira de anteriores governos não representava nada disso.
Então, a República não recebia nem um bônus, afirmou.
Chávez resume a citada etapa como a entrega dos recursos naturais a multinacionais e a Estados Unidos.
Nós recuperamos o país para exercer soberania e tomar as decisões estratégicas sobre seus recursos, sentenciou.
rc/wmr/bj
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
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