ALBA reiterará condenação ao golpe de Estado em Honduras
Por Carmen Esquivel Sarría
Havana, 12 dez (Prensa Latina) A VIII Cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) emitirá uma declaração de condenação ao golpe de Estado em Honduras, afirmou o embaixador desse país na Venezuela, Germán Espinal.
"Esperamos aqui uma posição muito firme de repúdio ao golpe, assim como na recente cúpula de Cochabamba", disse o diplomata, que participa nesta capital na reunião de especialistas desse mecanismo de integração.
Na entrevista concedida a Prensa Latina Espinal advertiu que o golpe de 28 de junho em seu país não foi só contra o presidente Manuel Zelaya e o povo hondurenho, senão também contra os processos democráticos registrados hoje na região.
"O golpe é contra Honduras, é contra Zelaya, mas está dirigido também contra a ALBA e seu projeto alternativo de desenvolvimento", assegurou o embaixador.
A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América foi fundada em 2004 pela Venezuela e Cuba, como uma iniciativa integracionista baseada nos princípios da solidariedade, da cooperação e da complementariedade.
Honduras foi o sexto a se incorporar a esse mecanismo, em 25 de agosto de 2008, em uma colorida cerimônia em frente a Casa de Governo a qual participaram representantes dos países membros.
"Hoje nos subscrevemos a ALBA, a cultura e a dignidade, para fazer dos hondurenhos um povo livre", disse Zelaya diante de milhares de pessoas reunidas no lugar.
A entrada a essa aliança trouxe muitos benefícios para o país, recordou Espinal, e mencionou entre eles a Operação Milagre, que melhorou ou devolveu a visão a milhares de pessoas de escassos recursos.
Em matéria de educação, nós neste mês estaríamos declarando a Honduras livre do analfabetismo, mas o golpe de Estado truncou esse objetivo, recordou o diplomata.
Outro dos aportes da ALBA foi a transferência tecnológica para superar a insegurança alimentar e a entrega de mais de 100 tratores em apoio aos pequenos produtores.
Por outro lado, Honduras pode enfrentar os problemas da balança de pagamentos mediante o mecanismo de bônus da Venezuela que são recursos, inclusive, com os quais os golpistas têm estado sobrevivendo, denunciou Espinal.
A incorporação à ALBA, e concretamente a Petrocaribe, garantiu também um fornecimento estável de petróleo, a preços preferenciais e com baixas taxas de juros.
"A ALBA não tem feito mais que apoiar ao povo de Honduras com princípios de solidariedade, autodeterminação e complementariedade", disse o embaixador na ocasião do encontro da cúpula desse mecanismo.
A Cúpula continuará hoje a nível de chanceleres com a participação de delegações da Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Dominica, Honduras, Equador, San Vicente e Granadinas e Antigua e Barbuda.
et/car/cc
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