segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cúpula do Conselho Cooperação do Golfo perfila moeda única

Kuwait, 14 dez (Prensa Latina)



Dignatários de seis países árabes abriram hoje a 30ª cúpula do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) Arábigo-Pérsico para analisar temas de interesse comum, incluída a segurança e a possível adoção de uma moeda única.



A agenda da reunião inclui assuntos políticos, medidas para reverter a crise econômica, cooperação e intercâmbio comercial, a unidade árabe, a solidariedade com as demais nações da região e discussões sobre a projetada moeda unificada do CCG.



Fontes do governo kuwaitiano confirmaram a chegada a esta capital do emir de Qatar, jeque Hamad bin Khalifa Al-Thani, que mostrou-se confiante em que os debates contribuam para consolidar a marcha desse grupo a favor das aspirações da população da área.



Igualmente, viajaram para o Kuwait o secretário geral do CCG, Abdelrahman Al-Atiyya, o presidente dos Emiratos Árabes Unidos, jeque Khalifa bin Zayed Al-Nuhayyan, e um representante do sultão Qaboos de Omán.



Junto com o anfitrião, os outros membros do fórum subregional são Arábia Saudita e Bahrain, países que esperam marcar posições políticas e estratégias para colaborar com vizinhos não árabes como o Irã, além de explorar oportunidades de investimento e negócios.



A cúpula pretende igualmente explorar outros assuntos comerciais e financeiros que ajudem impulsionar a economia, atualmente sacudida pelos efeitos da crise global, comentaram hoje os diários do Qatar Al-Sharq e Al-Watan.



Al-Atiyya, por seu lado, fez questão de que o CCG tenta relações amigáveis com vizinhos baseadas no respeito à soberania, na não interferência nos assuntos internos, ao mesmo tempo em que defendeu o direito do Irã de desenvolver a energia nuclear com fins civis.



Depois de defender um Oriente Médio livre de todo tipo de armas de destruição em massa, em alusão implícita a Israel, o secretário geral do CCG se pronunciou pela solução pacífica do conflito entre Teerã e Ocidente, e criticou a política israelense na área.



Assegurou que a entidade favorece os vínculos comerciais com o Iraque, a retirada total das tropas estadunidenses do vizinho país, e a criação de um Estado palestino independente, bem como um arranjo político ao conflito armado em Iêmen, entre outros temas regionais.



asg/ucl/es

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