Montevideo, 16 dez (Prensa Latina)
A Justiça uruguaia reconstruiu o caso de María Claudia García
em um dos principais centros de reclusão da última ditadura (1973-1985), a antiga sede do Sistema
de Informação de Defesa (SID).
García, nora do escritor argentino Juan Gelman, foi detida na Argentina em 1976 e transportada a
Montevideo em um dos chamados vôos da morte, coordenados pelos regimes militares de ambos
países como parte da Operação Condor.
Nos recentes inquéritos declararam o ex soldado Julio César Barboza, a ex presa política María do
Pilar Nores e o ex chefe policial Ricardo Medina, em uma audiência por sequestro e
desaparecimento desenvolvido no citado edifício.
O SID era dirigido pelo coronel Juan Antonio Rodríguez Buratti, quem ao suicidar-se em 2006,
impediu de ser processado pelo desaparecimento do militante de esquerda Adalberto Soba.
Os militares José Nino Gavazzo, Ricardo Arab, Luis Maurente, Gilberto Vázquez e Medina, todos
condenados em primeiro lugar por violações aos direitos humanos, também operaram no SID.
Grávida a termo, María Claudia foi enclausurada em um hospital militar, onde em novembro de
1976 deu a luz a uma menina que foi entregue à família de um polícia uruguaio. Depois não se teve
mais notícias dela.
Gelman localizou a sua neta, Macarena, no ano 2000 e desde essa data ambos fazem esforços por
conhecer a sorte da desaparecida.
asg/wap/bj
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
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