quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Justiça uruguaia reconstrói caso de desaparecida em ditadura

Montevideo, 16 dez (Prensa Latina)

A Justiça uruguaia reconstruiu o caso de María Claudia García

em um dos principais centros de reclusão da última ditadura (1973-1985), a antiga sede do Sistema

de Informação de Defesa (SID).

García, nora do escritor argentino Juan Gelman, foi detida na Argentina em 1976 e transportada a

Montevideo em um dos chamados vôos da morte, coordenados pelos regimes militares de ambos

países como parte da Operação Condor.

Nos recentes inquéritos declararam o ex soldado Julio César Barboza, a ex presa política María do

Pilar Nores e o ex chefe policial Ricardo Medina, em uma audiência por sequestro e

desaparecimento desenvolvido no citado edifício.

O SID era dirigido pelo coronel Juan Antonio Rodríguez Buratti, quem ao suicidar-se em 2006,

impediu de ser processado pelo desaparecimento do militante de esquerda Adalberto Soba.

Os militares José Nino Gavazzo, Ricardo Arab, Luis Maurente, Gilberto Vázquez e Medina, todos

condenados em primeiro lugar por violações aos direitos humanos, também operaram no SID.

Grávida a termo, María Claudia foi enclausurada em um hospital militar, onde em novembro de

1976 deu a luz a uma menina que foi entregue à família de um polícia uruguaio. Depois não se teve

mais notícias dela.

Gelman localizou a sua neta, Macarena, no ano 2000 e desde essa data ambos fazem esforços por

conhecer a sorte da desaparecida.

asg/wap/bj

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