Pablo Osoria Ramírez(*)
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O confronto ao narcotr?fico na Bolivia conseguiu em 2009 desempenhos que ancoram a convicio de uma impronta nacional no combate a esse flagelo.
A destruição de várias fábricas e laboratórios para a obtenção de cocaína e o confisco de entorpecentes foram alguns dos sucessos da Força Especial de Luta Contra o Narcotráfico (FELCN) na nação sul-americana.
Neste ano, a polícia antidroga capturou três mil 184 pessoas em mais de 10 mil operações e confiscou 25 toneladas de cocaína, segundo um relatório apresentado pelo coronel Oscar Nina, chefe dessa entidade.
Entre janeiro e dezembro, a FELCN destruiu quatro mil 464 fábricas caseiras dessa droga e seis mil 681 poças nas quais os narcotraficantes maceram a coca com compostos químicos para obter um primeiro produto da droga, precisou Nina.
Por sua vez, a Força de Tarefa Conjunta (FTC) fechou seu gerenciamento 2009 com a erradicação de mais de seis mil 246 hectares de cultivos ilegais ou excedentários de folhas de coca em Cochabamba, La Paz e Santa Cruz, percentagem superior à meta fixada que foi de cinco mil hectares.
Regionalizar a luta
Assim, o governo de Evo Morales deu um notório impulso à regionalização no combate ao tráfico de substâncias proibidas com a assinatura de vários acordos com países da região, principalmente os que têm limites fronteiriços.
De acordo com o chefe da Divisão de Luta Contra o Narcotráfico do Ministério de Governo (interior), general Miguel Vásquez, atingiram convênios com Argentina, Brasil e Paraguai, entre cujos fins sobressai a execução coordenada de ações na luta contra traficantes e o crime organizado nas fronteiras.
Para o servidor público, a regionalização no confronto a esse flagelo fortaleceu os interesses bilaterais.
Nesse sentido citou um convênio assinado com Brasil, denominado BraBo, cujo primeiro operativo conseguiu destruir uma planta de grande magnitude para a cristalização de cocaína, localizada no departamento boliviano de Santa Cruz.
Vásquez ressaltou também a luta interna para desarticular a corrente produtiva desse entorpecente.
"É uma tarefa complexa porque implica operativos e estratégias que devem ser aplicados da obtenção da matéria prima, a elaboração da droga e depois o tráfico dessas substâncias controladas", destacou.
Com Argentina está em marcha o plano ARBOL para fechar a passagem a todas as máfias que operam em zonas fronteiriças.
Esse acordo foi assinado depois de um encontro entre as autoridades antidrogas dos dois países, celebrado entre 24 de abril e 5 de maio último.
Vásquez destacou que com Paraguai está em funcionamento outro acordo bilateral denominado BOPAR que tem o mesmo objetivo e que foi referendado por suas autoridades no passado 24 de julho.
Sem apoio dos Estados Unidos
O registro de dígitos históricos em confisco de cocaína, precursores e destruição de laboratórios de cristalização na Bolívia, foi possível sem a intervenção da Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA, por sua sigla em inglês).
Para as autoridades nacionais, essa entidade somente regulava o comércio de substâncias proibidas enquanto permaneceu no país sul-americano.
Segundo o vice-ministro de Defesa Social, Felipe Cáceres, os efetivos da DEA dedicaram-se mais a imiscuir-se em questões políticas, razão pela qual foram expulsos em novembro de 2008 pelo governo de Evo Morales.
Por sua vez, o ministro de Governo, Alfredo Rada, afirmou que foi difícil compreender o fato de que durante todos os anos de permanência dessa entidade na Bolívia não se tenham notificado, pelo menos desbaratado, laboratórios de cristalização de cloridrato na magnitude registrada em 2009.
Os resultados exibidos pela FELCN tem uma distinção que diferença os esgrimidos entre 1989 e 2008.
Esses frutos do confronto ao narcotráfico, 100 por cento boliviano, afirmam um caminho sem volta na nacionalização da luta antidroga e a expulsão da agência norte-americana.
Denúncia justa
Em setembro último, o presidente Morales denunciou irresponsabilidade por parte do governo dos Estados Unidos no confronto ao narcotráfico.
"Está claro que por trás da luta contra o tráfico de drogas e o terrorismo há interesses imperialistas", disse então o chefe de Estado.
Dessa maneira Morales respondeu a declarações do presidente estadunidense, Barack Obama, com base em um relatório do congresso de seu país, no qual acusou a Bolívia de "ter falhado de maneira perceptível" durante os 12 meses prévios a cumprir suas obrigações delineadas nos acordos internacionais antinarcóticos.
Em essência, o relatório indicava que a nação andina incrementou os cultivos de folha de coca e a produção de cocaína nos últimos dois anos.
Diante dessa acusação, o mandatário boliviano expôs dados que demonstram o contrário, entre eles, o confisco de cocaína base e cloridrato, e a erradicação da folha de coca, superior a quando operava no país a DEA.
De igual forma, referiu-se à oposição dos Estados Unidos a que Bolívia adquira aviões de fabricação checa para combater em tráfico de entorpecentes.
A luta antidroga no país sul-americano mediatiza as negociações entre La Paz e Washington para harmonizar a relação bilateral turvada no final de 2008 pela expulsão mútua de embaixadores.
(*) O autor é correspondente da Prensa Latina na Bolívia
rr/ga/por/bj
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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