segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Chanceleres da ALBA avaliarão estratégias de integração

Por Enrique Torres



La Havana, 12 dez (Prensa Latina) Os chanceleres dos países da ALBA se reunirão hoje aqui durante a VIII cúpula da organização, voltados para revisar mandatos de encontros anteriores e analisar medidas para o relançamento deste mecanismo de integração regional.



Em uma entrevista com a Prensa Latina, o vice-ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Francisco Arias Cárdenas, disse que a Comissão Política se reuniu até tarde na sexta-feira, com o objetivo de delinear os documentos que serão apresentados aos chanceleres.



"Avançamos em alguns elementos que são importantes, como a revisão dos mandatos das cúpulas anteriores, já que esta cúpula foi proposta como um momento de reflexão, de revisão e de relançamento da ALBA", indicou.



Nesse sentido, foram examinados mandatos desde os encontros de Cumaná, de Maracay, de Barquisimeto; a última cúpula de Cochabamba, por áreas e por Conselhos", disse o diplomata.



De acordo com Arias Cárdenas, também foi analisada a nova organização que deve ter a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), com uma estrutura que diversifica as responsabilidades dentro do mecanismo, "dando a cada área sua própria contextura, sua própria essência".



Essa proposta, que abarca entre outras instâncias os conselhos e as comissões da ALBA-TCP, passará hoje para as mãos dos chanceleres, e no domingo aos chefes de Estado e Governo presentes no encontro, que se estenderá até a segunda-feira, quando concluirá com sua declaração final.



Segundo adiantou o vice-chanceler venezuelano, na Comissão Política foi revisada a proposta de documento que será apresentada aos titulares de Exterior e aos presidentes, texto que certamente incorporará elementos das reflexões e debates dos presidentes, os quais enriquecerão a declaração.



O projeto inclui temas fundamentais como o golpe de Estado em Honduras e a problemática das bases militares dos Estados Unidos na região, particularmente o rosário de bases que Washington concordou estabelecer na Colômbia, tópico que foi analisado em detalhe na jornada desta sexta-feira.



"Concordamos que exista uma declaração conjunta que trate de enfocar de uma maneira condensada os assuntos que são prioritários, e não uma multiplicidade de declarações dispersas", disse o diplomata, que assegurou que o documento incluirá parágrafos contundentes contra o reconhecimento do novo governo hondurenho, resultado de uma farsa eleitoral.



Será denunciado que o golpe "significa uma nova metodologia, uma ação imperial com aliados locais do imperialismo, este novo experimento de retomar os golpes de Estado como instrumentos para destruir democracias, romper com a vontade popular e reimpor o velho regime", disse Arias Cárdenas.



Na opinião do funcionário, não deve ficar no ar, deve ser uma reclamação com olhos no futuro, que aqueles que tramaram o golpe e o executaram assumam as consequências de sua própria conduta.



Referente ao tema de as bases militares, a Comissão Política ainda aprofundando verdadeiros objetivos dessas instalações, no seu perigo, revisando inclusive os manuais públicos de instituições que nos Estados Unidos têm relações com a Força Aérea, inclusive com o próprio Congresso, assegurou o vice-chanceler venezuelano.



/ET/cc

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