Por Fausto Triana, enviado especial
Copenhague, 15 dez (Prensa Latina)
Cuba considerou hoje que a confabulação dos países ricos em torno do Protocolo de Kyoto entorpece as negociações da Cúpula sobre Mudança Climática que concluirá na sexta-feira nesta capital.
Pedro Luis Pedroso, subdiretor da Direção de Assuntos Multilaterais do ministério de Relações Exteriores de Cuba, disse à Prensa Latina que a ideia de trabalhar em um dos dois sentidos do tema busca contemporizar com os Estados Unidos e relegar o texto de Kyoto.
"A negociação está em uma situação muito complicada pelos países desenvolvidos, a partir de que Washintgon se opõe a um segundo período de compromissos de redução de emissões sob o protocolo de Kyoto", explicou.
Tratam de liquidar-lo e estabelecer um único acordo legal vinculante segundo o qual fixem compromissos tanto para as nações industrializadas como para as demais, colocando todos sob os mesmos estândares, acrescentou.
Pedroso apontou que com esse prisma tratam de pressionar para que as economias emergentes tenham similares compromissos de emissões de gases contaminantes que o bloco dos ricos.
De tal forma romperiam o atual regime de responsabilidades comuns e diferenciadas, e pretender desbancar o Protocolo de Kyoto constitui uma ilegalidade, porque o convênio não estabelece nem em sua letra nem em seu espírito sua caducidade, afirmou.
O diplomata comentou à Prensa Latina que é bastante difícil prever a projeção final da Conferência das Partes das Nações Unidas (COP15) sobre o aquecimento global, a quatro dias de sua conclusão.
A postura do G77 a partir da proposta do grupo africano foi muito firme e contou em especial com o respaldo de Cuba, Venezuela e do grupo das chamadas nações menos adiantadas, anotou.
Não foi para bloquear as deliberações, senão para chamar a atenção de que é imprescindível restabelecer o balanço das conversas e não permitir o estancamento do Protocolo de Kyoto como desejam os países desenvolvidos, remarcou.
Os integrantes da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) emitiram uma Declaração na Cúpula que finalizou ontem em Havana, na qual condenaram a atitude em torno da catarse climática dos estados mais poderosos.
Nesse sentido criticaram o fato de que tenham encaminhado seus esforços a alterar e quebrantar os princípios e compromissos do regime legal vigente, com o objetivo de perpetuar seus padrões de produção e consumo insustentáveis.
Assim mesmo ratificaram que a Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática e seu Protocolo de Kyoto representam o regime jurídico vinculante vigente que norma a resposta e a cooperação internacional para o confronto ao aquecimento global.
rc/ft/es
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