Nações Unidas, 20 jan (Prensa Latina)
A Assembleia Geral das Nações Unidas realizará nesta
semana uma reunião plenária de urgência para analisar o desafio humanitário desatado pelo
terremoto que assolou o Haiti há oito dias.
O anúncio foi feito pela presidenta em funções do máximo órgão da ONU, Byrganym Aitimova
(Cazaquistão), durante uma reunião ontem com o atual titular do Conselho de Segurança, Zhang
Yesui (China).
Ambos destacaram o papel que deve desempenhar a Assembleia Geral na assistência humanitária e
na reconstrução do Haiti, país devastado por um terremoto de sete graus de intensidade no passado
dia 12.
Desta forma, assinalaram que essas tarefas requererão de uma estreita coordenação e mobilização
de toda a comunidade internacional.
O Conselho de Segurança decidiu ontem por unanimidade de seus 15 membros somar 3.500 novos
efetivos (dois mil soldados e 1.500 agentes da polícia) à Missão de Estabilização da ONU
(MINUSTAH) no Haiti.
Esse reforço, solicitado pelo secretário geral, Ban Ki-Moon, elevará a 8.940 os militares e a 3.711
os policiais integrantes da força da organização mundial.
Segundo o chefe de operações da ONU para a manutenção da paz, Alan Lhe Roy, o objetivo desse
incremento é poder garantir a tranquilidade nas ruas do Haiti e a segurança das operações de
distribuição da ajuda humanitária.
As Nações Unidas registra até agora a morte de 41 de seus trabalhadores destacados no Haiti e mais
de 300 desaparecidos pelo terremoto.
Entre os falecidos estão os mais altos chefes da MINUSTAH: o tunisiano Hedi Annabi, seu
segundo, o brasileiro Luiz Carlos da Costa, e o comissionado de polícia da ONU no Haiti, o
canadense Doug Coates.
A chefatura da missão está agora a cargo do guatemalteco Edmond Mulet.
A MINUSTAH está no Haiti desde 2004 integrada por militares, policiais e civis de uns 50 países,
entre eles Argentina, Bolívia, Chile, Brasil, Canadá, Colômbia, El Salvador, Equador, Espanha,
Estados Unidos, Peru, França, Guatemala, Paraguai, Rússia e Uruguai.
lma/vc/es
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Por Sturt Silva
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