domingo, 17 de janeiro de 2010

Haiti: dados da magnitude da tragédia ainda são imprecisos

Porto Príncipe, 16 jan (Prensa Latina) Dezenas de milhares de mortos, centenas de milhares de feridos e quase um milhão e meio de pessoas que perderam suas casas, são hoje os dados estimados que ilustram a tragédia do terremoto no Haiti.



Cifras também ainda preliminares das Nações Unidas calculam que cerca de três milhões de haitianos, um terço da população, foram afetados pelo terremoto que destroçou na terça-feira a capital e as zonas vizinhas.



Na primeira conferência de imprensa ontem, servidores públicos do governo estimaram em 50 mil os mortos e em 250 mil os feridos por causa da catástrofe natural.



O ministro de Saúde Pública, Alex Larsen, disse que cerca de um milhão e meio de pessoas perderam suas casas.



O premiê, Jean-Max Bellerive, informou que os cadáveres de mais de 15 mil mortos foram retirados das ruas e sepultados.



As autoridades do país, onde o violento abalo derrubou a maioria das sedes governamentais, reconheceram que as estimativas ainda são parciais, devido ao caos e desolação existentes na capital.



Anteriormente, o subsecretario de Segurança Pública, Louis Aramick, havia afirmado que as vítimas fatais poderiam ser pelo menos 140 mil e apontou que 40 mil já foram sepultados.



“Estamos tirando os cadáveres das ruas para enterrá-los em fossas comuns, assegurou a jornalistas.

Boletins de imprensa indicam que grandes fossas comuns foram abertas em um descampado a cerca de 10 quilômetros da capital, para onde estão sendo levados os cadáveres em caminhões de carga sem documento algum.



Fontes humanitárias explicaram que a destruição da infra-estrutura da cidade está obstaculizando a distribuição da ajuda enviada em massa pela comunidade internacional.



O presidente René Preval assinalou ontem que a coordenação da assistência enviada a seu país é um dos problemas mais importantes deste momento.



A advertência foi feita pelo mandatário ao secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, durante uma conversa telefônica nesta sexta-feira, segundo foi informado na sede da ONU.



Nesse contato, o dirigente da organização mundial garantiu a Preval a plena mobilização da ONU para levar ajuda ao devastado país caribenho, vítima de um terremoto de 7,0 graus de intensidade na escala Richter.



Ban anunciou ontem à noite que amanhã, domingo, chegará a Porto Príncipe para constatar diretamente a magnitude da tragédia, enquanto que neste sábado é esperada a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.



/rl/cc

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