segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Venezuela ratifica intenção de viver em paz com Colômbia

Caracas, 17 jan (Prensa Latina)


O presidente Hugo Chávez reiterou hoje a vontade da Venezuela de manter relações pacíficas com Colômbia, apesar da decisão do governo desse país de acolher sete bases militares estadounidenses consideradas uma ameaça regional.



Posso dizer que nós não estamos fazendo nada para agravar a situação. Não queremos uma guerra com Colômbia, assegurou o dignatario ao participar no programa "José Vicente hoje" da Venezuelana de Televisão.



De acordo com o estadista, qualquer passo adotado por Caracas é estritamente defensivo, em resposta ao palco imperante.



O que estamos fazendo é nos preparar desde todo ponto de vista para defender a Venezuela de uma possível agressão dos Estados Unidos utilizando o território irmão de Colômbia, advertiu.



O presidente também recusou acusações de Bogotá sobre uma suposta pretensão venezuelana de bloquea-la economicamente, depois do congelamiento comercial que decidiu em resposta aos entraves do Pentágono autorizados pelo presidente Álvaro Uribe.



A eles lhes dói o tema econômico, expôs Chávez, que recordou que os vínculos comerciais bilaterais atingiram um pico histórico graças a sua gestão (as importações de produtos do vizinho país chegaram a cinco bilhões de dólares em 2008).



Para o chefe de Estado, a aprofundização do conflito colombo-venezuelano deve ser buscada na postura da oligarquía neogranadina e de Uribe.



Quem governa a Colômbia é a antítese de quem governa aqui. Nós governámos com o povo e não somos donos dos meios de comunicação nem de grandes latifundios, nem amparamos a narcotraficantes ou paramilitares, precisou.



Historicamente têm existido conflitos mas agora se tem exacerbado. Antes eram entre lacaios do impero (estadunidense), mas agora não, aqui há uma revolução e lá governam os contra-revolucionarios, essa é a realidade, apontou.



Com respeito ao papel de Uribe, Chávez considerou que o dirigente da nação vizinha entregou seu país a Washington.



Conheço até certo ponto sua psicologia e acho que o triunfo de Barack Obama provocou-lhe pânico de perder o apoio dado por George W. Bush, e então entregou a Colômbia, disse.



asg/wmr

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