Porto Príncipe, 19 Jan (Prensa Latina)
Uma semana após o terremoto que praticamente triturou esta cidade, crianças haitianas encontram salvação nas mãos de médicos cubanos, que velam por sua vida logo após serem cadastrados.
Tal é o caso da pequena Martina Franklin, de três anos, que foi protagonista de uma das cenas mais dramáticas ocasionadas pelo terremoto, e sobreviveu.
A moradia de dois andares onde residia a menina com seus pais, no bairro Carreffour Fevilles, veio abaixo nos primeiros segundos do terremoto. A mãe da pequena estava cozinhando, e bem perto jogava Martina, narrou a Prensa Latina sua tia, que pouco antes da catástrofe estivera ali.
Após a queda do teto da cozinha, foi inicidao um incêndio entre os restos da casa, onde ficaram presos a pequena e seus pais. Estes últimos morreram, mas Martina foi resgatada três dias após o terremoto, quando socorristas haitianos escutaram uma vozinha que clamando pela vida, entre os escombros, dizia:"estou aqui, estou aqui".
A menina foi levada ao centro hospitalar "A Renaissance", nas redondezas do devastado palácio de governo, e colocada nas mãos dos médicos cubanos que ali trabalham.
Queimaduras muito severas nas extremidades obrigaram os médicos a amputar-lhe as duas pernas para evitar danos maiores que pudessem dar colocar fim à sua vida, pela qual ela tanto batalhou durante 72 horas.
Outro impactante acontecimento foi o episódio no qual sobreviveram Rosany Joseph e quatro de seus sete filhos.
As crianças, Carlin, Carlina, Amigaelle e Mackensan, sofreram lesões diversas ao cair o teto de sua casa, inclusive traumas na cabeça, mas receberam uma rápida atenção da equipe de pediatras cubanos que trabalha no Hospital Universitário da Paz.
Depois de serem cadastrados, sua mãe decidiu, como fizeram dezenas de pacientes, permanecerem nos jardins da instalação, para ter bem perto à equipe de médicos da ilha e de outros países que assumiram o funcionamento da instituição, a qual tinha sido paralisada depois do terremoto, já que seu pessoal médico não se apresentou.
Depois do terremoto, os 331 médicos cubanos que se encontravam no Haiti se mantiveram prestando assistência médica, e 81 deles desde as primeiras horas do desastre instalaram-se num hospital de campanha na área mais afetada desta capital.
Aos mais de 300, somaram-se a brigada Hanry Reeve e jovens haitianos graduados na ilha, bem como estudantes de medicina que se formam em Santiago de Cuba, uma das províncias do oriente do arquipélago cubano.
et/bj
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
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