segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Assegura-se que abstenção em Honduras foi de 65% a 70%

Tegucigalpa, 29 nov (Prensa Latina)


O abstencionismo nas qüestionadas eleições de hoje em Honduras atingiu de 65% a 70%, segundo afirmaram fontes da resistência ao publicar os resultados de uma pesquisa de monitoramento das eleições.

Os dados foram confirmados pelo presidente constitucional, Manuel Zelaya, que ratificou que as eleições devem ser anuladas e reprogramados para quando existam condições democráticas no país.

A Frente Nacional contra o golpe de Estado qualificou a elevada ausência dos eleitores às urnas como uma vitória do povo frente ao regime de facto imposto pelo golpe militar no dia 28 de junho deste ano.

Em uma coletiva de imprensa, essa vasta aliança de forças populares e políticas sublinhou que "a farsa eleitoral montada pela ditadura tem sido contundentemente derrotada".

Afirmou que a pesquisa de monitoramento foi realizada por ativistas da Frente, que confirmam que a abstenção foi de 65% a 70%, a mais alta na história nacional.

"Este resultado representa uma grande vitória do povo", agrega o documento, lido pelo advogado Rodil Rivera Rodil.

A Frente convocou um ato amanhã ao meio dia para celebrar a derrota da farsa eleitoral do governo de facto, depois do qual será feita uma caravana de autos na capital.

O presidente Zelaya, em declarações à cadeia televisiva Telesur, assegurou contar com dados de um monitoramento que indicam que a abstenção em algumas zonas do país foi de 75%.

"O presidente eleito nesta fraude eleitoral não é legítimo", destacou o estadista, que desde o dia 21 de setembro se encontra na embaixada do Brasil na capital, após retornar clandestinamente a Honduras.

Zelaya assegurou que continuará lutando até a derrota final da ditadura e até a restituição da democracia.

"Nossa posição é firme, não nos renderemos. O povo deu-nos um firme respaldo", afirmou.



lma/rl/cc

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