Buenos Aires, 3 dez (Prensa Latina)
Com o compromisso de unidade na luta por impedir o expansionismo militar dos Estados Unidos no continente e no mundo finalizou aqui a II Conferência Internacional pela Abolição das Bases Militares Estrangeiras.
Na jornada de clausura ontem à noite, o politólogo argentino Atilio Borón dissertou sobre a política estadunidense em relação com o tema do fórum e afirmou que a história demonstra o caráter irremovível dessas bases militares uma vez instaladas.
Chegam sempre para ficar, encrustam-se nos países, expressou ao abordar a decisão da Colômbia de ceder sete delas aos Estados Unidos e recordou que na Alemanha e no Japão o pretexto foi o confronto à União Soviética que desapareceu há 20 anos e as bases persistem.
Quanto à tese atual de justificar pela luta contra o narcotráfico, leu fragmentos de um relatório da ONU, no qual é mostrado que se aumentou no Afeganistão e na Colômbia.
Borón fez uma análise sobre a atuação do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que deixa muito que desejar, disse, em relação às expectativas criadas no mundo com sua eleição.
Afirmou que isso é assim porque nesse país há um governo permanente para as grandes decisões e um presidente de turno para as outras.
Disse que hoje a cabeça visível do governo permanente é a secretária de Estado, Hillary Clinton, como se pôs de manifesto no caso do golpe em Honduras, quando lhe corrigiu a direção de Obama e definiu a real posição de Washington que se aprecia hoje.
Berta Cáceres, líder do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas (COPIN) de Honduras, reiterou as denúncias contra o intervencionismo estadunidense em seu país, a decisão popular de continuar a luta e leu uma carta do presidente constitucional Manuel Zelaya de agradecimento à conferência pelo apoio e solidariedade.
Sobre a história do intervencionismo dos Estados Unidos em Cuba e a base de Guantánamo dissertou o presidente do Movimento Cubano pela Paz e Soberania dos Povos, José Ramón Rodríguez.
Enquanto isso, o reverendo e deputado cubano Raúl Suárez, diretor do Centro Memorial Dr. Martín Luther King, chamou a lutar pela recuperação da memória histórica dos povos latino-americanos e combater a ofensiva neoliberal em todas as suas frentes, os visíveis e os encobertos, para o qual é indispensável a unidade de pensamento e ação.
A reunião contou com a participação do embaixador da Venezuela, Arévalo Méndez, que expôs sobre o conflito desatado pela Colômbia com o tema das bases e abordou amplamente seus antecedentes.
Também apresentaram relevantes trabalhos especialistas e estudiosos do Panamá, Peru, Paraguai, México, Equador, Colômbia, do Conselho Mundial pela Paz e do país anfitrião, entre outros.
ocs/rmh/es
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
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