Genebra, 1 dez (Prensa Latina)
Cuba afirmou hoje que a crise pela qual atravessa o mundo tem desmentido os mitos de que a desregulação e a liberalização econômica promovem o crescimento e o desenvolvimento.
Em seu discurso ante a sessão plenária da VII Conferência Ministerial da Organização Mundial de Comércio (OMC), o chefe da delegação da Ilha recordou as premonitórias palavras do líder da Revolução cubana, Fidel Castro.
O ministro de Comércio Exterior e do Investimento Estrangeiro, Rodrigo Malmierca, afirmou que em 1998 Fidel Castro vislumbrou a magnitude da crise atual e suas advertências se fizeram realidade mal 10 anos depois.
"A solução não é continuar aplicando as fracassadas receitas neoliberais, senão aplicar enfoques que tenham ao ser humano como razão de ser e centro do desenvolvimento, conforme aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio", sublinhou Malmierca.
Também não se resolverá a crise com finalizar a Rodada de Doha exigindo mais liberalização aos países subdesenvolvidos e obviando que o centro do mandato da Rodada é o Desenvolvimento, acrescentou.
O titular cubano opinou que o sistema comercial e financeiro internacional precisa ser transformado de maneira radical, "não cosmeticamente", para enfrentar os desafios do Século XXI.
Denunciou que sob artimanhas supostamente meio-ambientais proliferam hoje iniciativas de gravar com impostos aos produtos provenientes de países subdesenvolvidos sobre a base do nível de gases de efeito estufa vinculado a sua produção.
"O propósito não é a proteção do Planeta, senão frear o processo de desenvolvimento do Sul mediante a aplicação de medidas protecionistas unilaterais que não resolverão o problema da mudança climática global", sentenciou.
Ponderou o papel do Estado no estabelecimento de estratégias sustentáveis, incluída sua responsabilidade reguladora do mercado e sua potestade de legislar, administrar, eleger e controlar os investimentos estrangeiros, em função de suas prioridades nacionais.
A respeito, Malmierca referiu-se às iniciativas de integração Sul-Sul e em especial à ALBA,(a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América) "como uma oportunidade sem igual para os países membros, porque seu objetivo fundamental é o bem-estar do ser humano, não o mercado".
Remarcou que o propósito de culminar a Rodada de Doha da OMC no próximo ano, "não pode ser uma meta traduzida em precipitações que menosprezam os interesses legítimos do Sul".
Em clara menção a Estados Unidos, o ministro precisou que segue "sujeitando seu comprometimento multilateral às aberturas do comércio dos países subdesenvolvidos, enquanto lhe aplicam a meu povo, desde faz quase 50 anos, um bloqueio econômico, comercial e financeiro".
lgo/ft/dcp
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
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