Lima, 1 dez (Prensa Latina)
O líder opositor peruano Ollanta criticou hoje ao presidente Alan García por levar sua proposta de desarmamento sul-americano ao Papa Benedicto XVI, enquanto a imprensa afirma que o Pontífice apoiou a proposta.
Humala disse que o mandatário é um iludido e fez o ridículo ao apresentar a ideia ao Papa na audiência que lhe concedeu ontem em uma visita ao Vaticano.
Foi somente uma "saudação à bandeira" (gesto sem conteúdo nem efetividade) porque O Vaticano não tem tanques nem mísseis, diferentemente dos Estados Unidos, que tem bases militares na Colômbia, apontou o líder do Partido Nacionalista (PNP).
Indicou que Venezuela “sob ameaça dos Estados Unidos- não se vai desarmar, Equador (atacado por Colômbia) também não, enquanto Brasil reforça sua defesa e Chile continua comprando armas.
"O único iludido que está pretendendo se desarmar é Peru, e isso, em um contexto em que temos fronteira com a Colômbia, é uma irresponsabilidade", advertiu, ao fazer questão de que o Peru deve potencializar a suas debilitadas forças armadas.
Propôs melhorar os salários dos militares, reativar as indústrias militares e investir na profissionalização das tropas.
Humala comentou igualmente a declaração da presidenta de Chile, Michelle Bachelet, no sentido que seu país pesquisa a denúncia peruana de que um suboficial de inteligência vendia segredos militares ao país vizinho.
A declaração foi saudada ontem por García, o que continuou aliviando a tensão causada pela espionagem denunciada.
Segundo o líder do PNP, Bachelet só usa a "ponte de prata" que lhe tendeu García ao pedir que Chile pesquise aos implicados na espionagem nesse país, e terminará responsabilizando a algum oficial de nível médio.
Discrepou de anteriores declarações do presidente, no sentido que Peru é espionado por inveja de seus avanços econômicos, e afirmou que "Chile não nos espiarão por inveja, mas porque nos vê como um inimigo potencial".
Enquanto, diversos meios de imprensa aliados ao governo sustentam que o Vaticano respalda a proposta de García de um acordo sul-americano de limitação de compras de armamento, que o governo nega se refira a Chile.
A proposta terminou sendo tomada como elemento de um acordo regional de segurança que elabora a União de Nações Sul-americanas (Unasul).
ocs/mrs/bj
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
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