segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Eleições de Honduras são rechaçadas na Venezuela

Caracas, 29 nov (Prensa Latina)



Numerosos venezuelanos rechaçaram hoje na praça Simón Bolívar de Caracas, bem como em outras partes de Venezuela, as eleições realizadas neste domingo em Honduras.

O secretário geral do governo do Distrito Capital, Igmer Ruiz, assinalou que os venezuelanos denunciaram que as oligarquias da América Latina não poderão seguir dirigindo os destinos dos povos.

Na opinião de Ruiz, o "assassinato" da democracia e da vontade popular na nação centro-americana é um alarme para transformar a sociedade venezuelana.

O militante do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) Carlos Peña, por sua vez, declarou à Prensa Latina que hoje se aprofunda o apoio mantido pelo governo venezuelano ao povo hondurenho e a seu presidente Manuel Zelaya, deposto vilmente pelo império estadunidense no dia 28 de junho deste ano.

Peña também responsabilizou pelo golpe de Estado em Honduras "o falso Nobel da Paz, Barack Obama, e Roberto Micheletti, que representa a direita de seu país".

Enquanto isso, o jovem de 30 anos Erick Salazar, afirmou que está na praça Bolívar para dizer não à ditadura de Micheletti, imposta pelo império norte-americano.

"Dizemos ao povo hondureño que resista, porque as massas vão decidir o futuro de Honduras", assinalou o trabalhador da Coordenação de atenção aos portadores de necessidades especiais do governo do Distrito Capital.

Para Salazar, o golpe de Estado nesse país é também um golpe contra a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), sendo o método aplicado pela Agência Central de Inteligência (CIA) durante a época das ditaduras na segunda metade do século passado.

Ingrid Quintana, coordenadora de Turismo no Distrito Capital, expressou seu apoio à integração latino-americana e ao povo hondurenho, na luta que está travando no dia de hoje.

Quintana afirmou que Micheletti é um ditador e denunciou o governo dos Estados Unidos por estar na contra-mão dos países latino-americanos, que têm tratado de unir-se nos últimos anos para conquistar a soberania e justiça dos povos.



lma/rsm/cc

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