Beirut, 3 dez (Prensa Latina)
O programa político do novo governo do Líbano, que respaldou o direito de Hizbulah a preservar seu arsenal para defender ao país, contribui segurança e estabilidade, apesar de evidentes tensões sociais, opinaram hoje fontes locais.
Círculos políticos oficiais e meios noticiosos nacionais destacaram a votação na que a denominada Declaração Política se adotou sem emendas, ainda quando partidos cristãos da maioria parlamentar expressaram reservas sobre o parágrafo sexto.
O texto, que na próxima semana deverá ser sancionado pelo Parlamento, reconheceu "o direito do Líbano, seu povo, seu Exército e sua resistência (Hizbulah) a libertar o território ocupado libanês nas colinas de Shebaa e Kfar Shouba", controlado por Israel.
Ainda que Tel Aviv sustenta que as Granjas de Shebaa pertencem aos Altos do Golán, ocupados a Síria em 1967, Damasco e Beirut crêem necessário o retiro dos israelenses para delimitar essa zona do sul.
Ao comentar o documento aprovado na quarta-feira, o ministro libanês de Informação, Tareq Al-Mitri, afirmou que ante um previsível ataque israelense, é necessário a contribuição defensiva de todos os setores.
O titular relatou que ao intervir na reunião do gabinete, o presidente Michel Suleiman afirmou que Israel segue sendo uma ameaça para o Líbano e, por isso, é necessário tratar este assunto com uma grande responsabilidade nacional.
Al-Mitri indicou, no entanto, que um dos 30 ministros do gabinete do premiê, Saad Hariri, objetou e outros quatro puseram reservas no tema das armas em mãos do Partido de Deus (Hizbulah), força que encabeça a oposição no Legislativo.
Dita objeção, apontou Al-Mitri, "é natural e legítima, mas isso não significa que tenha um bloco de oposição dentro do gabinete. Somos um governo unido", pontuou.
Segundo as previsões, os deputados se pronunciarão na segunda-feira sobre a declaração, depois que sejam convocados pelo presidente da Assembléia Nacional, o xiita Nabih Berri, quem defende que Hizbulah mantenha seu armamento intacto enquanto tenha ocupação israelense.
O documento adotado em uma sessão encabeçada pelo presidente Suleiman também ratificou o compromisso do novo executivo de discutir e solucionar assuntos econômicos, a instabilidade financeira e a dívida pública, entre outros.
lgo/ucl/dcp
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