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Beirut, 1 dez (Prensa Latina)
Setores políticos libaneses reagiram hoje divididos com respeito ao novo manifesto do grupo Hezbolah, que defende a resistência armada frente a Israel, ainda que reconheceram que essa opção exalta a linha aceita pelo novo governo.
Representantes de partidos que integram a maioria parlamentar reiteraram o reclamo de que o Hezbolah (Partido de Deus), cabeça da oposição, entregue todo seu arsenal, depois de escutar declarações do secretário geral desse movimento xiita, Hassan Nasrallah.
Nasrallah defendeu numa coletiva de imprensa, oferecida na segunda-feira, a opção da luta armada como a via mais efetiva para pôr fim à ocupação israelense no sul do Líbano, defendeu uma nação livre de sectarismos e a unidade de todos os países árabes.
"A história do conflito árabe-israelense prova que a luta armada e a resistência militar é a melhor forma de pôr fim à ocupação", sublinhou mediante uma vídeo-conferência na qual justificou as armas do Hezbolah com "a ausência de um Estado libanês forte".
Agregou que "o método da negociação provou que a entidade sionista se faz mais jactanciosa e beligerante, e não tem intenção de atingir um acordo" com seus vizinhos árabes.
Por outro lado, o chefe do partido confessional xiita considerou diminuída a influência estadunidense no Oriente Médio e mais debilitada a postura de seu aliado Israel.
No entanto, alertou, "o aspecto mais perigoso da lógica dos (governantes dos) Estados Unidos é que pensam que são os donos do mundo e que estão chamados a dominá-lo, baseados na superioridade".
Na opinião de Nasrallah, o maior problema que enfrenta o sistema político nacional é "o sectarismo que obstaculiza o estabelecimento de uma verdadeira democracia", enquanto em outro ponto defendeu a causa do povo palestino e a justiça social neste país.
O agrupamento Forças Libanesas, de Samir Geagea, manteve seu questionamento ao direito do partido da resistência a defender a soberania e integridade do Líbano, aspecto consignado na política de Estado recém adotada pelo governo que lidera Saad Hariri.
Ao abordar outro ângulo da intervenção do chefe da formação xiita, o líder do Partido Socialista Progressista (PSP), Walid Jumblatt, afirmou que o sectarismo neste país foi "gravemente perigoso" e deve ser eliminado de forma "séria e pacífica".
O dirigente do PSP sugeriu criar um Senado que garanta uma "presença justa e equitativa de todas as facções religiosas" e apontou que "abolir o sectarismo político e aplicar uma representação proporcional são condições necessárias para atingir nossas metas".
lgo/ucl/es
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