Tegucigalpa, 2 dez (Prensa Latina)
O congresso de Honduras debaterá hoje a restituição ou não do
presidente constitucional, Manuel Zelaya, em meio às novas tensões criadas no país pelas questionadas eleições do domingo.
A maioria dos legisladores aprovaram numa rápida sessão do dia 28 de junho passado a destituição do estadista, apenas quatro horas após seu derrocamento e expatriação pelas forças armadas.
Ontem, os deputados estavam empenhados em seguir as análises do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) para interessarem-se por sua possível reeleição, e não fizeram muitos comentários sobre a sessão desta quarta-feira.
Não obstante, vários adiantaram que ratificaram seu voto anterior, entre eles Marcia Villeda, acusada pela resistência de ser a autora da carta falsa na qual supostamente Zelaya renunciava ao cargo.
O debate faz parte dos acordos assinados no passado 30 de outubro por representantes de Zelaya e do chefe do governo de facto, Roberto Micheletti, depois de tensas negociações, iniciadas em julho deste ano.
O pacto foi declarado fracassado pelo estadista no dia 5 de novembro, depois de denunciar numerosas violações aos compromissos por parte de Micheletti.
Nesta ocasião, o congresso decidiu solicitar as opiniões da Corte Suprema, do Ministério Público, da Procuradoria Geral e do Comissionado de Direitos Humanos, antes de submeter o tema à Assembleia.
Segundo divulgou-se, essas quatro instituições, assinaladas pelas forças populares como partes importantes da conspiração golpista, se pronunciaram por ratificar a destituição de Zelaya.
O estadista adiantou que não aceitará voltar ao cargo para não aprovar a ruptura da ordem constitucional pelas forças armadas e as eleições do domingo passado, as quais denunciou como ilegais e uma farsa.
Enquanto isso, o TSE continua com a análise das controvertidas eleições, cujos resultados anunciados dão uma ampla vitória ao de direita Partido Nacional e a seu candidato presidencial, o empresário Porfirio Lobo.
Segundo os dados disponíveis até o momento, esse agrupamento obteve mais de 70 das 128 cadeiras do congresso, relegando ao Partido Liberal, cujas bases e parte da direção se retiraram das eleições.
O Patido Nacional, segundo os relatórios preliminares do TSE, arrasou também com as prefeituras ao ser declarado vencedor em 252. As restantes 46 as receberá o setor dos liberais que apoiou o golpe de estado, informaram meios de comunicação.
O embaixador dos Estados Unidos, Hugo Llorens, felicitou ontem os magistrados do Tribunal Eleitoral por seu trabalho e adiantou que a administração de Barack Obama colaborará estreitamente com o novo governo.
A Frente Nacional contra o golpe de Estado, que lidera a resistência desde o mesmo dia do golpe, ratificou que desconhece os resultados das eleições, as quais considerou uma farsa da oligarquia.
Confirmou que continuará a mobilização popular em demanda da restituição da ordem constitucional e do presidente legítimo, e pela convocação de uma assembleia nacional constituinte.
asg/rl/es
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
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