terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Denunciam na Rússia caráter intervencionista de acordo Colômbia-EUA

Moscou, 1 dez (Prensa Latina)

O acordo assinado pelos Estados Unidos e Colômbia para fixar bases militares nesse país andino constitui uma ação intervencionista e uma declaração de guerra para a América Latina, afirmou hoje aqui a pesquisadora Eva Golinger.



"Tal documento é uma declaração de guerra contra América Latina, mediante o uso da violência e da agressão", declarou a advogada venezuelano-norte-americana em coletiva de imprensa.



Duas semanas após ser assinado no passado 30 de outubro o referido acordo, publicaram um documento modificado, apresentado ao Congresso, do qual desapareceram os momentos incômodos, explicou à Prensa Latina a autora do livro "O código de Chávez".



Com o esclarecimento de que todas as versões ficavam invalidadas, o Pentágono publicou um acordo sem mencionar, como antes, a tarefa de combater as ameaças de governos contrários aos Estados Unidos na América Latina ou de realizar operações militares no continente.



Também ficava fora o argumento de que com o reforço da presença na base de Palenquera aumentaria a capacidade de efetuar uma guerra expedicionária em tempo de paz, isto é, de passar do regime de paz ao de guerra, denunciou Golinger.



O propósito formal foi solicitar 46 milhões de dólares para melhorar a referida instalação militar, mas o acordo assinado com a Colômbia significa a entrega de todo o país, estimou a especialista.



Trata-se não só das sete bases militares denunciadas por dirigentes latino-americanos, mas também também do direito dos Estados Unidos de empregar qualquer instalação colombiana, militar ou civil, com os propósitos que quiserem, esclareceu.



O documento inicial apresentado pelo Pentágono afirmava que o tema da guerra contra o narcotráfico era um assunto secundário, pois o principal era enfrentar a suposta ameaça para os interesses da Casa Branca, proveniente de governos como os da Venezuela.



Ademais, destacou a aplicação por Washington da guerra irregular na América Latina e da doutrina do smart power, (força inteligente), a qual combina a pressão econômica, política, social, cultural e psicológica com elementos da força dura, isto é, a militar.



arc/to/es

Nenhum comentário:

Postar um comentário