quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

EUA - Cinco Herois, Comitê Internacional

Publicado por: Redação Cuba Viva 30 nov, 2009

Milhares de religiosos, líderes sindicais e ativistas pelos direitos humanos participaram de uma comovente vigília na entrada da Escola das Américas (SOA, suas siglas em inglês) no Forte Benning, Georgia em 22 de novembro para pedir o fechamento da mesma. Esta “escola” a qual em 2001 mudararm seu nome para “Instituto do Hemisfério Ocidental para a Cooperação em Segurança” treinou mais de 64.000 militares da América Latina em contrainsurreição, inteligencia militar e técnicas de interrogatório. Luis Posada Carriles, o conhecido terrorista e autor da destruição em pleno vôo de um avião da Cubana de Aviação em 1976 foi treinado nesta Escola dos Assassinos (como é chamada comumente esta escola) em 1961.



Os graduados da SOA, que pertence ao Departamento de Defesa dos EUA., estão envolvimos em violações dos direitos humanos e supressão dos movimentos populares das Américas, mais recentemente em Honduras onde lideraram o golpe de estado contra o Presidente Manuel Zelaya.



Este ano marca o vigésimo aniversário do massacre de seis padres jesuitas mais sua empregada juntamente sua filha adolescente, em El Salvador em 1989. Os responsáveis pelo assassinato foram treinados na Escola militar norte-americana das Américas conforme afirma um grupo de experts do Congresso dos Estados Unidos. Desde então, o grupo de base contra a violência chamado SOA Watch organiza protestos anuais na entrada do Forte Benning, organizando frequentemente atos de desobediência civil. Em 10 anos, o movimento SOA Watch tem tomado uma postura de solidariedade com os povos da América Latina pela mudança na política exterior opressora dos EUA.



Este ano, pela primeira vez, o tema dos Cinco Cubanos foi apresentado a milhares de participantes. Uma mesa com informação no caminho da entrada do Forte Benning atraiu ativistas de todas partes do país, com dois enormes cartazes. Muitas pessoas fizeram fila para assinar petições exigindo o fim das proibições de viajar a Cuba e juntaram seus nomes a cartas demandando o Presidente Obama libertar imediatamente os Cinco Heróis. Além disso levaram cópias de cartas para Hillary Clinton pedindo que ela outorgasse vistos às esposas deles e preencheram cartões para ser enviados a diferentes meios de comunicação pedindo que cubram a história. Muitos pegaram adesivos, impressos e levaram DVDs sobre o caso para mostrar em suas comunidades. O que mais chamou a atenção foi a curiosidade das pessoas que se aproximaram da mesa e sua vontade em aprender e entender a complexidade da situação deste caso. Muitos se mostraram surpresos de nunca terem ouvido falar de tão grande injustiça e perguntavam: “Que posso fazer?”



Uma oficina em 20 de novembro entitulada, “Terroristas Contra Cuba e Cubanos Contra o Terrorismo: A Conexão Luis Posada Carriles, a SOA e os Cinco Cubanos” atraiu uns 70 participantes. A oficina, que foi organizada por Stan Smith do Comitê pela Liberdade dos Cinco de Chicago e por mim, ocorreu no Centro de Convenções de Columbus, GA. Os participantes levaram consigo a indignação produzida por conhecerem o caso e também ideias de como envolverem-se mais para conseguir a liberdade de Gerardo, Antonio, Rene, Fernando e Ramón.



Na vigília de domingo de manhã, milhares de pessoas permaneceram sob chuva mostrando pequenas cruzes com os nomes de vítimas mortas e desaparecidas nas mãos dos graduados da SOA. Por cerca de três horas, enquanto os nomes eram lidos um a um, as pessoas levantavam as cruzes para o alto e em uníssono diziam: “Presente!” Este ano, graças a Marilyn McKenna, ex coordenadora da Rede Nacional de Solidariedade com Cuba (NNOC) também foram incluídas cruzes com os nomes dos integrantes da Equipe Cubana de Esgrima que morreram no ataque terrorista de 1976.



Enquanto levava comigo a cruz com o nome de Julio Herrera Aldama, de 25 anos, um homem ao meu lado levava a de Jesús Méndez Silva, de 30 anos, esportistas da equipe de esgrima, me fez sentir o profundo significado da solidariedade entre o movimento norte-americano e o povo cubano. E, enquanto caminhamos em direção a entrada, para depositar essas pequenas cruzes na cerca, entendi que as generosas ações dos Cinco Cubanos para proteger a ilha de Cuba de ataques terroristas brevemente serão levadas a luz por pessoas de consciência que levantarão suas vozes pela liberdade dos Cinco.







Por Nancy Kohn,

Comitê Internacional pela Liberdade dos Cinco Cubanos

Boston, Massachusetts

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